

Ao contrário do Barra-Ondina, o percurso do Campo Grande é maior e pelo horário de saída ser 14h, foi bem mais puxado também. O sol estava lá no alto, deixando o dia muito quente, com o relógio marcando 32º graus, mas ali no asfalto, entre os prédios, no meio daquela multidão, a temperatura chegava fácil aos 34º. Para me refrescar, tirava o abadá, encharcava de água mineral fria e vestia de novo. Isso ajudou muito. Tudo correu bem até pouco mais da metade do caminho, a partir daí, a largura da pista cai pela metade e começa o empurra-empurra. Determinado momento, saímos da corda e demos um tempo em frente a uns policiais militares. Foi um alívio, porque perto dos “homi”, ninguém chega. Avistar a descida para a Castro Alves foi um tremendo choque. Lá embaixo, um mar de gente aguardava o 1º bloco do dia. Na verdade não era um mar de gente. Era um Pacífico inteiro. Eu nunca tinha visto tal multidão. E você caminhar em direção a ela, sabendo que vai ter que passar entre aquelas pessoas, aumentou ainda mais a minha adrenalina. A esta hora, já estava sem meus óculos e essa visão inesquecível foi a última registrada pela máquina descartável.
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