Feliz Natal!

Achei um site sensacional da DM9, onde você pode montar uma mensagem de Natal e mandar para os amigos. Achei a ideia muito legal, personalizei a minha e enviei para os mais queridos. O resultado está aqui. Divirta-se. Ah, e um Natal maravilhoso para você e a todos que ama.


O Tio da Guarita

Desde que vim trabalhar aqui, observava o senhorzinho da guarita. Baixinho, moreno claro, gordinho, corcundinha e os poucos cabelos que lhe restam são brancos. Apesar da cara de enfezado, eu logo simpatizei com ele. Nossa relação começou quando passei a buzinar toda vez que o via. Eu fazia Bi-Bi e ele acenava. Até que um belo dia, quando estava indo embora com o Luan e o Rafa, passei por ele no caminho. Ele também estava partindo. Não pensei 2 vezes. Parei o carro e ofereci:

- Carona?

- Se dasse, nóis vai, né? – respondeu ele com uma voz engraçada, coisa de desenho animado. Apaixonei.

Desde então, ele passou a descer comigo e a me chamar de Donana. Dia desses ele me deu umas mangas que tinha recolhido no chão. Sabia que essa relação ia me render bons frutos.


Papo entre marcianos

Os homens são realmente criaturas do outro mundo. Passo a maior parte do meu dia cercado por 3 espécimes fascinantes (ok, nem sempre são assim. Muitas vezes despertam meu lado Jack, O Estripador). 6ª feira, depois de dar um chilique porque eles transformaram a sala numa bateria de escola de samba, eu acabei gargalhando ao escutar, aturdida, a seguinte conversa:

T: Sabe, eu queria ter conversando mais com o meu pai antes dele morrer...

Antes que eu começasse a ficar deprimida diante da confissão, o B. soltou a seguinte frase num tom completamente desprovido de paciência:

- Porra, T, vai se fuder. Não vem com essa lamentação agora, não heim! Que fase!

Todo mundo relaxou e a paz voltou a reinar na criação. Às vezes é uma delícia sair de Vênus e ficar entre os marcianos.


Neymara Carvalho, Bodyboarder: a única mulher a conquistar 5 títulos mundiais em um esporte individual.

Não tem para as cearenses, cariocas, espanholas, hawaianas, taitianas, ninguém. A pentacampeã de bodyboarding é capixaba, da Barra do Jucu. Com 33 anos, casada, mãe de Luna, raçuda, talentosa, campeã em 2003, 2004, 2007 e 2008, Neymara acaba de conquistar mais um Circuito Mundial, deixando para trás as tetracampeãs mundiais Glenda Kozlowski e Sthephani Petersen. A proeza aconteceu nas Ilhas Canárias, Espanha, e trouxe muito orgulho para nós, da terrinha. É isso aí, garota!

Brincadeira de criança, como é bom, como é bom!

Esse final de semana fez um calor terrível. Os dias estavam lindos, azuis, sem uma nuvem para ofuscar o sol por segundos que fossem, e quase não ventava. E eu, ao invés de correr para a praia, não fui. Passei longe do mar e da piscina que adoro ir. Não me pergunte o motivo que não sei dizer. Simplesmente estava sem vontade. Aí ontem, depois de assistir O Iluminado e suando bicas, lembrei dos longos banhos de mangueira que tomava quando era criança, enquanto a empregada lavava o quintal. Uma delícia. Me peguei relembrando aquela época, relembrando quando eu não me importava com o ridículo de fazer guerra de água nos dias de calor, ou quando transformava o sabão que Dona Antônia jogava no chão em patins, e saía deslizando de um canto ao outro no quintal. Quando dei por mim, já estava na porta munida de balde, detergente, pano, toalha e rodo. Vovó não entendeu nada e perguntou aonde eu estava indo:

- Vou lavar o carro!

- O que deu em você?

- Calor, vó!

Ela continuou com cara de interrogação. Assim que eu abri a torneira, mamãe já estava do meu lado também.

- Também estou com calor!

Foi sensacional. Parece coisa de gente louca, mas nos divertimos muito lavando o carro, conversando, rindo, molhando as pernas uma da outra, enfim, sendo bobocas. Quase uma hora depois, subimos, totalmente revigoradas e refrescadas. Só lamentamos o fato de não termos um muro, ou teria rolado fácil um chuveirinho cafona e ridículo na mangueira. Pensando bem, melhor não. A essa altura ia pagar de Garota da Camiseta Molhada. Mais do que lavar o carro, demos um banho na alma.


Uma vez Flamengo! Sempre Flamengo!

Eu vi o jogo. E nem dei azar para o time, apesar do gol de desempate ter acontecido quando dei uma saidinha da sala. Eu xinguei, me descabelei, gritei, esperneei, chorei e berrei: É Hexa! É Hexa!