Convento da Penha

Este ano, o Convento da Penha completa 450 anos de existência. O lugar é o ponto turístico mais visitado do ES e quem tem o privilégio de conhecer entende o porquê de tanta procura. Além da fantástica vista, o lugar fica no meio da Mata Atlântica, o que fortalece a sensação de paz já na subida do morro. O engraçado é que mesmo morando tão perto e passando do ladinho da entrada 4 vezes por dia, eu não vou ao Convento há mais de 1 ano. O que é imperdoável para alguém que gosta tanto de lá. Amanhã é o Dia de Nossa Senhora da Penha, a padroeira do estado. E pretendo fazer algo que nunca fiz antes: subir o Convento a pé, sozinha, rezando, agradecendo as muitas bênçãos que tenho recebido e pedir outras.

Como qualquer construção antiga, o Convento tem várias histórias e mistérios.

“Patrimônio histórico e religioso, o Convento da Penha foi fundado em 1558 pelo Frei Pedro Palácios. Frei Pedro passa a morar em uma gruta aos pés do morro que hoje abriga o Convento da Penha. Junto a ele ficavam seus animais, uma imagem de São Francisco e um quadro de Nossa Senhora trazido da Espanha. Certo dia o quadro desapareceu e depois de muita procura foi encontrado no alto do morro no meio de duas palmeiras. Reza a lenda que, por três vezes, o painel de Nossa Senhora apareceu no alto do Morro, sinalizando ao Frei onde deveria ser construída a sua Capela. O Convento fica a 154m de altitude e está cercado pela Mata Atlântica. Seu interior preserva séculos de história. Quadros do pintor paulista Benedito Calixto retratam as diversas fases e as agressões estrangeiras sofridas pelo Convento. Do alto do morro, tem-se uma bela vista das cidades de Vitória e Vila Velha, estado do Espírito Santo/BR. É o patrimônio religioso, histórico e turístico mais importante do Estado do Espírito Santo. É tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN).”

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Parentes próximas

Depois da Mulher Filé, Mulher Melancia, Mulher Samambaia, agora brotou a Mulher Morango. Os nomes até podem mudar, mas pra mim é tudo parente da trepadeira.

Arraia pula dentro de barco e mata mulher

Dia 20 de maio uma arraia pulou para dentro de um barco na Florida Keys e atingiu uma mulher com o seu ferrão, fazendo com que ela caísse no convés e morresse, afirmaram autoridades da Flórida, nos Estados Unidos. As informações são da Reurters.
"Foi um acidente bizarro", afirmou Jorge Pino, um agente da Comissão de Preservação dos Animais Selvagens do Estado. A mulher e sua família estavam no barco na costa da cidade de Marathon. Uma grande arraia pulou da água e bateu na vítima e, de alguma maneira, o ferrão penetrou no corpo dela, o que fez com que ela caísse e batesse a cabeça no barco, disse Pino. Mas ainda não sabemos exatamente o que causou a sua morte. A mídia local especula que o ferrão tenha ficado preso no pescoço da mulher. Arraias são comuns em águas quentes ou tropicais e geralmente podem ser encontradas perto de recifes de corais. De acordo com o Museu de História Natural da Flórida, os ferrões desses animais podem ser venenosos.”
(fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2696443-EI8141,00.html)

Credo, parece uma cena do filme Premonição, aquele que o cara dorme na poltrona do avião, antes da decolagem, e sonha com o acidente. Se a coitada não morresse com o ferrão, não escaparia da queda.

Breve carreira de uma Dama de Honra

Quando eu era menina, sempre quis ser daminha. E podia ter levado alianças muitas vezes. Tinha o perfil de uma excelente Dama de Honra. Era uma criança linda, com cabelos louros e sedosos que batiam na cintura, levemente cacheados nas pontas. O sonho de qualquer cabeleireiro e o meu, atualmente. Não era magrela, nem cheinha. Os olhos, grandes e castanhos, não ficavam afundados em olheiras profundas, como agora. Poderia ter abrilhantado inúmeros casamentos, sido o centro das atenções (antes ainda da noiva), fotografada, elogiada, essas coisas. Eu tinha tudo para decolar, se minha estréia não tivesse sido um desastre. Aos 4 anos, entrava pela primeira vez com as alianças de Vera, amiga da minha mãe (ok, ok... tive um bom QI). Minha vó disse que eu comecei bem, andando devagar e sorridente, como foi ensaiado. Até que no meio do caminho, me deu uma maluquice e eu rodei a cestinha que vinha carregando tão delicadamente no dedinho. As alianças se soltaram e voaram pelo ar, uma para cada lado. E eu continuei andando, impassível com a confusão. Os convidados das redondezas começaram a procurá-las ainda antes da noiva passar, mas elas pareciam ter caído num buraco negro. Vera e o futuro marido só descobriram o sumiço na hora da bênção do padre e desconfio que as lágrimas seguintes não eram só de felicidade. No final deu tudo certo: o casal usou um par emprestado dos padrinhos; as verdadeiras apareceram depois que a igreja ficou vazia; eu não fui desconvidada para a festança e minha mãe não perdeu a amiga. Só que minha fama se alastrou e nunca mais fui convidada para ser daminha. Fiquei falada. E olha que nem tinha internet naquela época, o spam foi boca a boca mesmo. Se fosse hoje em dia, era capaz até da cena estar no youtube, em câmera lenta e tudo mais.

Jaspion Brasileiro - O sítio de Apika

Eu adorava o Spectroman, mas o Jaspion também me divertia horrores. E continua sendo o motivo de muitas gargalhadas com esse clone brasileiro. Imperdível, principalmente para quem curtia o herói.

Salva pelo intercâmbio

Ano passado eu participei de um concurso onde tinha que encaixar a frase: "Genalva, vem me buscar que eu estou odiando" em um texto. Não ganhei, mas gostei de ter escrito.

Genalva estava deitada confortavelmente no divã, contando como se sentia depois dos meses de intercâmbio. Estava calma.
- Você me parece muito bem, Genalva.
- Pois é, doutor. Depois de todos esses meses, eu sobrevivi à Vivian.
- E ela conseguiu tirar a carteira de motorista? – perguntou rindo.
- Ainda não. Mas pelo menos parou com aquela história de me ligar no meio da madrugada, berrado "Genalva, vem me buscar que eu estou odiando."
Doutor Tertuliano sorriu.
- O senhor sabe que aquela diaba se aproveita de mim desde os primeiros passos. Quando eu comecei a andar, ela se apoiava nas minhas costas e me empurrava como se estivesse num voador.
- E você sempre amortecia as quedas.
- Toda vez.
- Eu pensei que isso já estivesse esquecido – falou doutor Tertuliano, pigarreando. Genalva pareceu não ouvir.

- Pra andar de bicicleta foi a mesma coisa. A diferença é que Vivian ia na frente, guiando, e eu atrás, escorando com os pés. Quantos tombos, meu Deus – olhava os joelhos, procurando alguma cicatriz – e ainda botava a culpa em mim. Dona Alva ficava pra morrer.
- Você se sente culpada por isso, Genalva?
- Culpada pela falta de coordenação motora da Vivian ou pela cegueira da Dona Alva?
- Pensei que gostasse da Dona Alva.
- E gosto. Ela nunca me tratou como a filha da empregada.
- Você se sente a filha da empregada?
- Eu sou a filha da empregada que estudou com a filha do patrão. O senhor acredita que apesar da letra G ser longe da letra V, a Dona Alva sempre dava um jeito de nos colocar na mesma turma? Vivian só tirava nota boa quando eu estava por perto.
- Mas e no intercâmbio?
- Na Austrália? Na verdade eu fui pra garantir a sobrevivência dela, que só sabia o significado de "the book is on the table" por causa de um funk aí.
- Ela nunca levou nem um curso a sério?
- Só o de pompoar.
- Errr... hum...
- Mas foi lá que começou a minha alforria. Toda vez que ela me ligava exigindo: "Genalva, vem me buscar que eu estou odiando", eu passava dois dias sem traduzir nada pra ela. E sempre que ela fazia essa graça eu aumentava o tempo de greve.
- Mas se ela não sabia inglês, como se virava?
- Uma vez ficou seis dias sem conseguir voltar pra casa.
Doutor Tertuliano estava estático.
- Mas pra ela tomar jeito mesmo tive que aplicar um tratamento de choque.
- Parou de traduzir de vez?
- Não... eu traduzia tudo. Tudo errado – disse, com um sorrisinho cheio de maldade.
Doutor Tertuliano deu alta a Genalva nesse mesmo dia.

Casamento de Gabriela e Momô

Hoje, depois de 6 anos de namoro, Gabi e Momô (na verdade, o nome do noivo é Gilberto, mas eu também o chamo de Momô. Eu e todos os amigos dela, coitado.) trocaram alianças no Projeto Santa Clara, na Ponta da Fruta. A cerimônia foi íntima. Só os mais chegados foram convidados e me diverti muito com os amigos da F2GG, a última agência que trabalhei. Ela estava linda, com seu modelito sequinho e charmoso, e seus óculos brancos. Ficou um luxo! Ela entrou ao som de From this moment e eu fiquei muito emocionada. Sempre choro em casamentos, principalmente se for de uma amiga tão querida. Parabéns aos recém-casados. Que vocês sejam muito felizes e sempre me convidem para os deliciosos lanches que Gabi sabe fazer.


De véu e grinalda?
Não dou muito valor a rituais, mas alguns me são muito caros, como casar de branco (ou outra cor), buquê, alianças, dama e pajem, padre (ou outra autoridade religiosa), lágrimas, músicas, convidados, padrinhos, tudo nos conformes.
Não sei o porquê do fascínio, talvez pela entrada triunfal da noiva em seu traje de princesa, que me lembra os contos de fadas, mas sem a presença das bruxas, por favor. Pode ser pelo fato de representar fisicamente a mudança radical de solteira para casada. Ou simplesmente por caminhar vários minutos sendo o total centro das atenções, deslizando majestosa pelo tapete vermelho, com direito a trilha sonora e tudo mais. É que além de leonina, eu sou filha única e neta única (tudo bem, tenho 2 irmãs, mas não fomos criadas juntas). Na verdade, muito me agrada estar presente na casa de Deus num momento tão importante da minha vida. Não que o casal junte as escovas não tenha a mesma bênção do Pai, mas eu quero estar cercada fisicamente dessa força espiritual. O fato é que o meu casamento vai ser assim, só vou dispensar a “Ave Maria” da entrada. Mas é porque meu Tio Valter não canta mais em cerimônias. Pensou que fosse por que?

Assalto ao carro-forte: meninos, eu vi.

Cada dia odeio mais os bandidos. Hoje, por volta das 9:05 da manhã, vinha eu atrasada pra agência, quando reduzi a velocidade da minha furrequinha porque vi o sinal fechar. Quando estava quase parando, percebi uma movimentação das pessoas na calçada à minha direita. Achei estranho. No mesmo momento, ouvi uns “POU POU”, pensei: “caramba, rojão a essa hora?”. Quando virei pra frente percebi uma fumaça no ar e um homem apontando um FUZIL pra outra rua: “Meu Deus, é tiro! É uma arma de verdade!”. Era um assalto ao carro-forte parado ao lado do Unibanco. E estava muito perto de mim, na outra faixa de pedestre. As pessoas gritavam, se abaixavam na rua, corriam. Uma cena horrível, que só deveria existir no cinema. A ficha caiu, engatei a ré, mas o imbecil que estava atrás do meu carro devia estar mais em choque do que eu, que via tudo de camarote, na primeira fila. Buzinei e o cara saiu em zig zag, como se nunca tivesse dirigido rapidamente em marcha ré na vida. E eu atrás dele. Peguei uma linha reta e só parei na outra esquina, que fica bem distante. Graças a Deus a Av. Champagnat, uma das mais movimentadas de Vila Velha, estava muito tranqüila e alguém segurou os carros no outro sinal. Os POU POU POU não paravam! Enquanto as pessoas dali queriam estar a quilômetros de distância, outras da rua transversal corriam pra ver o que estava acontecendo. Depois de dirigir alguns metros, comecei a tremer e tive que encostar o carro. Estava tão nervosa que comecei a chorar e liguei para o Tony, avisando que ia demorar. Nem sei como ele conseguiu me entender. Logo depois, li no Gazeta Online sobre o assalto, onde uma senhora de 74 acabou morrendo com um tiro de fuzil nas costas, quando entrava no Unibanco. Os bandidos? Fugiram. Por mim amarrava uma pedra no pescoço de cada um e jogava na baía de Vitória. Ou melhor, usava a mesma arma pra dar um "teco" na cara, só pra estragar o velório.