1º de maio, feriado?

Eu adoro a minha profissão. Tenho prazer em vir trabalhar na agência. Mas ficar, às vezes, em casa de bobeira também é uma delícia. Agora me fala: do que adianta um feriado se ele vai cair bem no final de semana?

Hoje é Dia de São Jorge

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.

Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.


Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.


Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós.


Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo. São Jorge Rogai por Nós.


Salve, Jorge!

Vitória = Núcleo de Novela

Eu vivo falando que o ES é igualzinho a núcleo de novela: sempre vai ter alguém conhecido que estudou com Fulano, ou é vizinho de Beltrano, ou ainda cunhado de Sicrano. Não adianta. Não dá pra passar totalmente anônimo aqui. E ontem tive mais uma prova disso. Fui num churrasco de aniversário do Fábio, marido da minha amiga de Brasília, próximo à Pedra da Cebola. Lá encontrei uma cunhada deles, que já conheço há muitos anos, mas nunca tínhamos conversado antes. No meio da rodinha, comecei a contar de Noronha. Noronha isso, Noronha aquilo.


Ela: Você foi quando?


Eu: 1 semana antes do carnaval.


Ela: Jura? 1 amigo foi na mesma época!


Eu: Fiquei lá até quinta, depois fui pra Natal, depois pra Olinda.


Ela: Gente, mas a história é igual! Ele até falou do tal do swell, também!


Eu: Nossa, então deve ter sido na mesma época.


Ela: Qual o nome do seu amigo?


Eu: Carlos.


Ela: Carlos Holzz?


O próprio. Eles se conhecem há 1 século e não sabíamos dessa ligação. Ao mesmo tempo que dá uma sensação de aproximação, além de aumentar a roda de amigos em comum, rola um certo desconforto de você fazer alguma merda e o negócio se espalhar mais rápido do que se fosse capa de Contigo.


Mas isso não acontece apenas com quem mora em Vitória. Para fazer parte do núcleo, basta um mínimo contato com alguém daqui. Descobri que a Cláudia é parente da Nana, que conheci numa reunião de despedida de uma amiga que foi pra Santos.


Outro caso impressionante foi o Marco, um cara de Brasília que conheci na net há uns 8 anos, acho. Eu ia para lá e a Sabrina não é muito de sair. Logicamente, tratei de fazer amizades meses antes de viajar. Há uma semana da partida, a descoberta: a irmã dele já tinha estudado com essa minha amiga.


Já aconteceu tanta coincidência, tanta, que nem tenho coragem de contar aqui. Abafa. Confesso que me dá medo quando alguém começa a fazer muitas ligações. Podem ser ligações perigosas.

Escapulário

Podia ser na praia, no cinema, em coquetéis, boates, casamentos, trabalho, não importava, apesar da cordinha, ele estava sempre pendurado no meu pescoço, pode olhar nas fotos deste blog. Ganhei meu escapulário num lugar muito especial: 2008, 2º dia do carnaval de Salvador, quando cheguei no camarote do Othon. Enquanto os meus amigos receberam o mesmo santinho dos 2 lados, o meu tinha 2 proteções: Jesus e Maria. Coloquei a imagem Dele atrás e a Mãe na frente e assim ficaram até semana passada, quando a cordinha quebrou na hora em que tomava banho. Pode parecer maluquice, mas eu me sentia mais protegida com ele. Sinto falta de segurá-lo em vários momentos. O problema é que não dá para simplesmente ir ao Convento e comprar outro. Escapulário tem que ser presente. Espero que algum amigo leia este post.

Ps. Adoraria receber um de presente, sim. Posso mandar meu endereço por e-mail: annokas73@gmail.com

Obrigada, gente!

Vender rifa é sacanagem

Meu amigo Tony, que é diretor de arte, joga Futebol Americano e recebeu um pedido para fazer a logo de um time rival mineiro. Resolveu aceitar. Para levantar a grana, os jogadores tiveram a ideia de fazer uma rifa. Mas pô, a maioria das pessoas corre só de ouvir a palavra RIFA. Rifa lembra aqueles guris que arrecadam dinheiro para as festinhas da escola, ou os formandos para a festa do final do curso, isso sem contar na tal rifa entre amigos. E os prêmios? TV, DVD, Bike, no máximo uma motinha, tudo sem a menor imaginação. É por isso que a rifa desses caras tá fazendo o maior sucesso. Como futebol americano é um esporte bem masculino, eles resolveram inovar e fizeram uma rifa igualmente masculina. Pagando 5 reais, os compradores vão concorrer a umas horas num motel levando 2 garotas de programa alto nível. Do jeito que está bombando, além da logo, vão conseguir fazer banners, papelaria, trocar o uniforme de todo mundo e, quiçá, contratar o Tom Brady. Só resta saber o que as esposas e as namoradas estão achando dessa criatividade toda.

Ps. Imagem ilustrativa.

Sequestro Relâmpago – o bandido entrou numa roubada


Eu juro que se não tivesse ouvido e visto tudo pessoalmente, nunca acreditaria nessa história, de tão irreal. Os meninos da agência são umas pestes de atentados. É incrível como fazem piadas com tudo. São mestres em transformar tragédias em comédias. Foi para esses caras que os bandidos tiveram o azar de ligar com o golpe do sequestro relâmpago.


1ª Ligação foi para R., que estava na rua.

Bandidos se passando por mulher chorando: Socorro! Ahh, me pegaram! Me ajuda! Ahhh!

R. (surpreso): Oi?

Bandido: Aí, mermão! Tô com a sua esposa aqui!

R. (calmo): Han?

Bandido: Sua esposa! Tá sequestrada! Nós pegamos!

R. (amolecendo a voz): Mas como amigo? Eu sou gay! Não gosto dessa fruta, não!

Cri Cri Cri (grilos no silêncio)

Tu Tu Tu (telefone desligado)

R. se acabando de dar risadas.


2ª Ligação foi para L., que estava ao meu ladinho. Foi tudo no viva-voz.

Bandido se passando por mulher chorando: Socorro! Ahh, me pegaram! Me ajuda! Ahhh!

L. (surpreso): É trote! É trote!

T. (animado): Deixa eu falar, deixa eu falar!

Bandido: Presta atenção: eu peguei a sua filha.

T.: O que foi?

Bandido: É isso mesmo, babaca! Eu tô com a sua filha sequestrada e vou acabar com ela se você não me der dinheiro!

T.: Não! Fica calmo! Quanto você quer? Vamos resolver tudo.

Bandido: Eu quero 15 mil reais.

T.: Mas é muito dinheiro! Não tenho essa grana toda, não!

Bandido: Eu mato ela, heim! Eu mato! Tô com uma faca no peito dela! Eu furo ela todinha! Corto ela e mando ela toda picada pra você.

T.: Calma, calma! Não faz nada com ela, não!

Bandido: Então não me fode. Dá um jeito de arrumar a grana.

T.: Tudo bem.

Bandido: Onde você tá?

T.: No Centro de Vila Velha.

Bandido: Então pega o dinheiro e me encontra em Vitória. Você vem de carro, ou de ônibus?

T.: De carro.

Bandido: Vai chegar em quanto tempo?

T.: 15 minutos.

Bandido: Então entra logo no carro.

T.: Já tô nele.

Bandido: Tá nada, mermão! Eu vou matar ela, heim! Eu mato! Corto ela toda!

T.: Calma, não faz nada com ela, não!

Bandido: Então para de enrolar, seu filho da puta. Eu acabo com ela!

T.: Então deixa eu falar com ela de novo. Quero saber se ela tá bem.

Bandido se passando por mulher chorando: Socorro! Ahh, me pegaram! Me ajuda! Ahhh!

T.: Tá vendo sua piranha! Eu falei pra você largar aquele ladrão daquele seu namorado! Aquele traficante filho da puta. Agora se fode aí.

Mas ninguém ouviu nada disso porque a parte do choro é toda gravada.

Bandido: Anda, agora vem logo. Ou tô com a faca aqui no peito dela, heim!

T. (gritando e batendo em tudo): Agora você perdeu! Eu que peguei sua filha, mermão!

Bandido (cauteloso): … pegou não...

T.: Peguei sim. Agora é assim: você devolve a minha filha, que eu devolvo a sua. Eu tabém sou do crime. É olho por olho, dente por dente.


O bandido desligou e ligou imediatamente para o próximo número, que é do celular do B. TR. pegou o telefone para se divertir um pouco.


Bandido se passando por mulher chorando: Socorro! Ahh, me pegaram! Me ajuda! Ahhh!

TR.: Alô? Quem é?

Bandido: A parada é a seguinte, mermão. Tava fugindo da polícia e peguei sua mulher de refém!

TR.: O que? Onde você tá? Deixa eu falar com ela!

Bandido: Não, não! Tô com 1 amigo baleado e eu quero dinheiro agora! Se vira!

TR.: Mas você quer quanto?

Bandido: 5 mil.

TR.: Pô, 5 mil? Tá bom.

Bandido: Onde você tá?

TR.: Em Vitória.

Bandido: Você vai no banco?

TR.: Não. Eu tenho essa grana comigo. Isso não é nada.

Bandido: Beleza. Mas tem que chegar aqui rápido, ou a gente apaga ela. Tamo com um dispositivo no coração dela. Vamo apertar e ela morre se você demorar.

TR.: Mas olha só, eu sou um empresário e tenho um sócio que tá me dando problema. Depois que eu te pagar, você não quer fazer um serviço pra mim? Tô afim de passar esse cara.

Bandido: Não vem de onda pra cima de mim, não, seu filho da puta. Eu mato ela.

TR.: Calma, cara. Mata, não. É só um negócio que eu quero fazer. Tá afim, não?

Bandido: É, é. Vamo vê isso depois. Mas traga logo a grana. Entra logo nesse carro.

TR.: Tô indo pra lá. (fingindo que tá falando com alguém): O cara, já fez o que te mandei? Porra, você é muito incompetende! Tô saindo agora. Vê se resolve isso!

Bandido: Você tá de onda, mermão! Eu vou matar ela! Acabo com ela!

TR.: Calma que já tô indo pro carro.

Bandido: Vem sozinho!

TR.: Tô com a minha amante aqui.

Bandido: Larga ela, rapá! “falando com outro cara) Ô Zé Cicatriz! Amarra ela! (Cicatriz respondeu).

TR.: Zé Cicatriz? Cara! Você é amigo do Cicatriz??? É meu brother! Deixa eu falar com ele.

Bandido: Anda logo, filho da puta!

T. (o outro T. entrou na conversa): Cara! Você quer me fuder!

Bandido: Quem é?

T.: Sou o do sequestro passado! Você pegou a minha filha, e eu peguei a sua!

Bandido: Quem?

T.: É isso aí, mermão! Eu ia fazer o serviço pro cara e você passou na minha frente? A gente do crime não pode fazer isso, não! Tem que se unir!

Bandido mudo, calado.

TR. (pegou de novo o telefone): Relaxa! Mas tô conhecendo a sua voz. Você conhece o Mário?

Bandido (rindo, acho que ele também tava no viva-voz): É parente do Naldo?

TR.: Amigo do Sunda?

Risada geral e a bandidagem, rindo, desligou o telefone.

* Isso tudo demorou quase 1 hora. A história se alongou muito e eu resumi. Estou até hoje com as bochechas doendo de tanto gargalhar.


Vamo quebrar tudo!

Minha casa está, novamente, parecendo um canteiro de obras. Desda vez o alvo foi o piso que estamos trocando. Mas como uma coisa puxa a outra, aproveitamos para colocar abaixo o murinho horroroso da cozinha, os azulejos e os vasos do banheiro. E não acabou. Nos desfizemos da geladeira pré-histórica, da minha cama e do sofá gigante. Isso já tem quase 1 mês. 1 mês de bagunça, coisas fora do lugar, pueira, barulho. Mas o pior do tudo é 1 mês ouvindo o som emitido pelo radinho do pedreiro. Ó céus!

Isabela Nardoni

Sabe o que eu mais queria neste caso? Que existisse a tal 3ª pessoa que eles tanto falam. Não acho que ela exista, mas queria muito que fosse verdade. Porque o que não dá para acreditar, o que deveria ser a grande mentira é o fato do pai ser um monstro capaz de jogar a filha pela janela, depois dela ser agredida pela atual esposa.