O Tio da Guarita

Desde que vim trabalhar aqui, observava o senhorzinho da guarita. Baixinho, moreno claro, gordinho, corcundinha e os poucos cabelos que lhe restam são brancos. Apesar da cara de enfezado, eu logo simpatizei com ele. Nossa relação começou quando passei a buzinar toda vez que o via. Eu fazia Bi-Bi e ele acenava. Até que um belo dia, quando estava indo embora com o Luan e o Rafa, passei por ele no caminho. Ele também estava partindo. Não pensei 2 vezes. Parei o carro e ofereci:

- Carona?

- Se dasse, nóis vai, né? – respondeu ele com uma voz engraçada, coisa de desenho animado. Apaixonei.

Desde então, ele passou a descer comigo e a me chamar de Donana. Dia desses ele me deu umas mangas que tinha recolhido no chão. Sabia que essa relação ia me render bons frutos.


4 comentários:

K. disse...

Vc é apaixonante! te amo! K.

Jou Jou Balangandã disse...

Generosidade gera generosidade...viu o fantástico domingo passado? Caso tenha perdido, colei a reportagem lá no blog.
Feliz natal!!!

Leandro disse...

Vou te dizer que eu tb sou fascinado por essas relações interpessoais que começam gratuitamente e acabam se tornando imensas e intensas. Aqui no trabalho, eu tb tenho as minhas!

j. hilton disse...

Pessoas que se apaixonam por Corcundas de Notre Dame me fascinam! Isto por que quando a embalagem não é atrativa só os verdadeiros conseguem vislumbrar o conteúdo! Tu és uma pessoa apaixonante, se não fosse casado seria teu Cirano de Begerard! Abraços.