Paulista por 7 dias

Nunca tinha chegado tão cedo, às 19h. Sabia que ia pegar um congestionamento monstro, mas não imaginava que ele começaria antes mesmo de sair da calçada de Congonhas. Centenas de pessoas aguardavam lá fora, em duas filas quilométricas, a entrada e saída dos táxis. Não estou exagerando. Cada fila tinha, no mínimo, 100 pessoas. Já no final da que considerava ser menor, comecei a mandar torpedos para meus amigos: Thiago tentava falar com uma taxista conhecida; Hugo estava em reunião e só recebeu a mensagem bem depois. Torci para que os motoristas encarnassem o Airton Senna e diminuíssem o meu tempo de impaciência. Pouco depois percebi uma movimentação do outro lado da rua. Eram os passageiros inteligentes que programaram com antecedência sua entrada na cidade. O táxi chegava, o motorista gritava o nome e a pessoa entrava, suspirando de alívio por não ser uma idiota inocente. Fui observando o movimento e me aproximei de um carro parado:
- Você está livre?
- Não. Espero por Fulana.
- Ahhh...
Cabisbaixa, voltei para linha de trás, querendo me açoitar por não ter pensando nesse transtorno antes. Minutos depois, uma voz chama:
- Renata! Renata!
O táxi andava devagar.
- Renata! Renata!
Outros nomes foram gritados, mas só um ecoava em meus ouvidos: Renata, Renata. Olhei para um lado, olhei para o outro e nada da Renata. Foi mais forte do que eu. Quando dei por mim estava correndo com o braço levantado, arrastando a malinha, berrando feliz e sem qualquer vestígio de escrúpulo:
- Sou eu! Sou eu!
Depois de jantar fui para A Lôca, um inferninho underground super conhecido em SP. O lugar me lembra uma caverna, com uns objetos de tortura e um banheiro unisex. Mas eu adoro a energia das pessoas. Todo mundo descolado e simpático, aberto a conversas e interessado em conhecer gente nova. O melhor dia é quinta-feira, em que há uma grande mistura musical e maior leque de opções sexuais. O mais engraçado é ouvir “você é lésbica ou hetero?” ao invés de “qual o seu nome?”. É que além de mim, do Thiago e do Hugo, sempre tem muito S lindo dando pinta por lá. A noite só acabou quando o sol estava alto. Mais, eu não conto.

Sexta-feira

Como andava meio enferrujada, passei a sexta-feira a beira da morte de tão cansada. Só saí para jantar e mais tarde conheci um pub pertinho de casa, o Barnaldo Lucrécia, onde comemoramos o aniversário da Vilma. A Vilma, aliás, foi uma grande companheira nesta viagem. Valeu!
O lugar é acolhedor, com 2 andares, mesas juntinhas, música de primeira qualidade e muita gente interessante que se deleitava com a presença uma das outras. Mais, eu não conto.

Sábado








Fui ao Ibirapuera ver a exposição do Star Wars. A mostra não é grande, mas quem disse que tamanho é documento? Logo na entrada, ouvimos o tema musical magistralmente composto para a saga e fomos transportados para o mundo que George Lucas concebeu. O mais legal foi saber que as roupas, as maquetes e, principalmente, o sabre de luz, foram usados realmente nos filmes. Tirei muitas fotos, para o desespero do Thiago, que ficou preocupado da bateria acabar sem que o Darth Vader fosse devidamente registrado. Me deu a maior vontade de ver os filmes novamente.

Antes de cair na balada paulista, eu saboreei um jantarzinho delicioso feito pelos Mestres Cucas: Aguinaldo e Hugo. Enquanto eles cozinhavam, eu me divertia com o papo e com o vinho aberto para o molho. Ainda bem que o molho não levava muito da bebida de Baco.

Quase rolando depois da comilança, lá fomos nós para a Smoove, onde o repertório era recheado dos anos 80. Mesmo não gostando da cara do povo, eu dancei muito com nossa turma, até porque foi a primeira vez que o Gui conseguiu sair junto e quando conheci a Karla, uma amiga show dos meninos. O resto? Nem te conto.

Domingo

Acordamos tardão e fomos almoçar numa cantina italiana. Mesa grande, amigos famintos e uma boa comida regada a ótima conversa, sorrisos fartos, risadas, causos apimentados e carinho. Assim passei boa parte da tarde no domingo: me sentindo em família.

À noite fui ao teatro ver Miss Saigon. Mesmo sendo uma história meio batida com encontros e desencontros, o musical é um escândalo de lindo e consegue ser surpreendente. Eu fiquei fascinada com os bailarinos, as vozes, as músicas, os efeitos, os figurinos, as mudanças no palco. É imperdível.

Depois de comermos pizza, me recusei a ir para casa dormir. Afinal, no outro dia meu destino seria Santos e não queria perder meu resto de domingo. Resultado? Fui sozinha para A Lôca e dancei a noite inteirinha. São Paulo me assim: independente. Mais, eu não conto.

Segunda-feira

Enfim conheci o neném da minha irmã de coração, a Lucrécia. O nome dele é Tiago, nasceu dia 30 de abril com 4 quilos. O moleque é muito fofo, dorme bem e come melhor ainda. É muito especial ver um casal tão querido como a Luka e o Osmar realizar o sonho de ter um filho. Foi um dia maravilhoso. Conversamos muito, vimos fotos, relembramos nosso passado e pensamos no futuro. Pena que tive que vir embora logo no outro dia, com o coração na mão, mas a certeza de que ela e Osmarito serão ótimos pais.

Terça-feira


Vim de Santos depois do almoço com a intenção de ir direto para casa. Mas mudei de idéia no metrô ao lembrar que ainda tinha uma exposição para conferir: “Direito à memória e à verdade – A Ditadura no Brasil”. Fui direto para a Estação Pinacoteca e gostei muito do que vi.




Alguns painéis enormes contavam a época mais barra pesada do Brasil. Olhando para trás, é difícil visualizar nosso povo sendo caçado, exilado, humilhado, torturado e morto para segurar a soberania de um governo absurdamente equivocado, corrupto e truculento.


Gostei muito da segunda parte, onde as celas serviram de cenário para fotos, letras de música e poesia. Só acho que os cubículos deveriam ser mais reais, com marcas de sangue, unhas, buracos e todo o horror que as pessoas que passaram por aqueles lugares deixaram gravadas na história.





Comemoramos novamente o aniversário da Vilma. Agora com direito a bolo maravilhosamente feito pelo Gui, bola de soprar, parabéns e muita gargalhada. A festança aconteceu na cozinha, ampla e convidativa, e teve a participação de amigos dos amigos. Depois se estendeu para o resto da casa, mais precisamente para o quarto do Alê, que está mais para boate e pronto para receber todas as ramificações da grande família Paraíso.

Mas como a noite é uma criança e eu adoro uma boa diversão, fui com o Aguinaldo, a Karla e o Maurício para minha despedida em grande estilo: D.Edge. A boate é bacanérrima! Tem luz piscando por tudo quanto é lugar, um bom canto de poltronas em U. Mesmo não curtindo música eletrônica a noite inteira, eu gostei de lá. A D.Edge é estilosa. Foi uma boa pedida para terminar a noite. Pena que os outros amigos não puderam ir.

Declaração de amor aos que me apresentam SP até hoje

Depois que escrevi minha declaração de amor a São Paulo, relembrei alguns momentos especiais que passei por lá. Eles só foram possíveis graças aos meus amigos: Thiago, Aguinaldo, Hugo e Alexandre. São eles que cuidam para que meus dias sejam elétricos, culturais, alegres e muito felizes. E o grande responsável por isso é o Thiago, meu irmão lindo, que abriu as portas da Avenida Paulista para mim e que, agora, me leva ao Paraíso, junto com os outros meninos. Gui, o cara mais alto astral que conheço. Como eu gosto de você! Hugo, meu guia por caminhos antes nunca trilhados. Alê, o caçula da casa. O grande responsável pela minha alimentação nas viagens anteriores. Obrigada por tudo, queridos.

Declaração de amor a São Paulo

“Você tem um namorado em SP?”
“SP? De novo? Aposto que arrumou uma paixão por lá.”

Sempre ouço isso quando vou a São Paulo. A verdade verdadeira é que eu me apaixonei instantaneamente desde a primeira vez que botei meus pezinhos 34 na Terra do Nunca. Culto. Estiloso. Musical. Cosmopolita. Gastronômico. Surpreendente. Agitado. Charmoso. Interessante. E que sempre me deixa extasiada. Como não ser arrebatada por um lugar assim? Eu amo São Paulo. São Paulo me excita. Me faz sentir mais viva. Mais livre. Mais leve. São Paulo me arrebata com sua diversidade cultural. Me esquenta com sua vida noturna. Me empolga com o desfile de suas várias tribos. E nessa passarela todo mundo faz parte do espetáculo, inclusive os turistas, que são convidados ao palco, interagem, quase nunca em monólogos. São Paulo acolhe. Inclui. Instiga. São Paulo é um horizonte tão colossal que abre outros. Os meus nunca mais foram os mesmos depois do primeiro contato. E nunca tornarão a ser.

Férias em SP – Preciso de dicas.

Estarei de férias a partir de segunda-feira e vou quinta-feira, literalmente, para o Paraíso. É nesse bairro de São Paulo que moram meus amigos lindos e responsáveis pelos dias incríveis que eu passo na Terra da Garoa.

Como das outras vezes, estou procurando o que fazer nesta viagem, mas agora não fiz grandes achados. Alguém pode me ajudar? Agradeço também aos que indicarem Casas Noturnas freqüentadas por gente que, ao menos, já tenha saído da faculdade. Não quero correr o risco de ser chamada de Tia na balada.

Dia 15 – 5ª feira (à noite): A Lôca.
Dia 16 – 6ª feira (dia): Exposição sobre a Ditadura Militar na Estação Pinacoteca e Museu da Língua Portuguesa - (noite): Festa não sei aonde.
Dia 17 – Sábado: Exposição sobre Star Wars, no Ibirapuera. (noite): não sei.
Dia 18 – Domingo (dia): Não sei o que fazer. (noite): Miss Saigon, no teatro. (+ à noite): não sei.
Dia 19 – 2ª feira a 3ª feira: vou a Santos
Dia 20 – 3ª feira (noite): não sei.
Dia 21 – 4ª feira: Viagem de volta.

De Casas Noturnas, conheço: Laterna, Bubu, The Hall, Clube Glória, Bar Barô, Geni e All Black.

Ajuda, gente!

Para não perder negócio

O pai de uma amiga é dono de um bordel. Logo no começo do empreendimento, um conhecido dele perguntou:
- E se não der certo?
- Eu como o estoque.

Viciada nele

Ele é como uma droga. Agora ela tem certeza. Só agora reconhece o vício. Ela achava que podia parar quando bem entendesse. Que era mais pele. Que depois de tanto tempo, os beijos famintos não alimentariam os antigos sentimentos. Seria somente daquela vez e pronto. Mas não há meio termo para viciados. O torpor era forte, e antigo. Anos se passaram. Ela esquecera sua intensidade. Infelizmente, como sob efeito de drogas, ela nunca consegue ser totalmente ela perto dele. As gargalhadas que os sacodem pela Internet ou pelo telefone ficam mais fracas pessoalmente. É estranho. Ele também sente a diferença, ela sabe. É frustrante. Eles têm muito em comum, várias coincidências os intrigam. Discordam, igualmente, em dezenas de opiniões. É normal. Se o encontro fosse constante, ela não seria arrebatada facilmente. Ele seria real, não inventado. Não imaginado. Não ansiosamente aguardado. Ela só pula quando sente firmeza em suas asas. Com ele, esqueceu até do pára-quedas. Devia ter desconfiado. Ela ainda deseja que ele vire uma droga de farmácia, daquelas que curam. Resultado dos alucinógenos. Mas agora ela consegue enxergar o vício. Agora ela o leva a sério. Porque jamais quis ter uma overdose. Nem agora, nem nunca.

Pé Picolé


Meeeeeeengooooooooooooooo!
Mengooooooooooooooooooooooooooo!!!
Meeeeeeeeeeeeeengoooooooooooooooooooooo!!!
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!!!

Fiquei muito feliz com o resultado do jogo de domingo. A alegria só não foi completa porque não pude ver o jogo todo. Por quê? Porque sou pé frio. Na verdade, pé gelado. Quando o jogo começou, eu fiquei irritada com o gol que não saía. E, quando saiu, me deixou histérica, já que foi contra o meu time do coração.

- Mãe. Quer ver? Eu vou sair da sala e o Flamengo vai empatar.
- Então vai.
3 minutos depois:
GOLLLLLLLLLLLLLL DO FLAMEEEENGOOOOOOOO!!!
- Você está proibida de voltar à sala.

Só me restou ir para o quarto ler e torcer para que mais gols viessem. Graças a Deus vieram. E a cada um, eu corria aos gritos pra sala ver como tinha sido.

***

Resolvi conferir o desempenho da nossa capixabinha no SOLETRANDO do Caldeirão do Hulk. Nunca tinha visto a pequena em ação. E a bichinha é boa mesmo, mas ela não contava com a minha torcida. O que aconteceu? Ela soletrou eremitário com H!!!

Andréia Schwartz - ela quer ser prefeita.

“Quero trabalhar para acabar com a exploração infantil e a violência contra a mulher. Também quero trazer o turismo para o ES, que está sendo conhecido internacionalmente agora, por minha causa”. Essas palavras foram da tal capixaba envolvida no escândalo que ajudou a derrubar o ex-governador de NY. Os americanos dizem que ela era cafetina. Ela jura que a boa grana foi através de amizades importantes. Uhum, seeei. Lá em casa isso tem outro nome. Alguém avise a essa senhora que não queremos grigos interessados em turismo sexual.

Andréia parece ter tomado gosto pelos cargos públicos. Segundo a reportagem de A Tribuna, ela está em negociação com um partido e pode até ser candidata a prefeita de um município do estado. Poderia escrever páginas e mais páginas sobre o absurdo que Andréia pretende fazer: levantar a bandeira da violência contra a mulher, logo ela, que ganhou muito dinheiro vendendo o corpo de várias. Como nos EUA o buraco é mais embaixo, o pé de meia que ela fez, furou. Mas do jeito que nossa política é uma putaria, é bem capaz dela ganhar a eleição.