Um mês depois...

Eu sei que esse negócio de silicone já deu. Mas é o último post sobre o assunto, prometo.
Fiz a primeira revisão com o Dr. Lindão na quinta-feira, 28 dias depois que operei. Muitas coisas mudaram, graças a Deus:
- Meus seios já estão desinchados e estão com um bom aspecto. Bom, nada. Estão é LINDOS!!!
- Não uso mais curativos desde do dia 23. As casquinhas soltaram e a cicatriz está fininha, fininha.
- Continuo sem comer coisas como chocolate e frutos do mar. Melhor prevenir, né?
- Este finde consegui dormir de bruços! Não o tempo todo, mas depois de 30 dias, foi como encontrar o Gianecchinni no lugar dos travesseiros.
- Agora passo uma pomada pra dissolver a cicatriz;
- Tô fazendo umas massagens pra “soltar” os peitos. É que eles parecem presos por conta do silicone. O Dr. Lindão disse que o corpo reveste a prótese por ser algo “estranho” e isso pode tornar o peito duro. Algumas vezes, a paciente tem que voltar à sala de cirurgia pra ele quebrar na marra. Deus me livre! Faço direitinho, do jeito que ele ensinou.
- Não sinto mais um peso danado quando levanto.

- Pelo jeito só poderei pegar sol perto do Natal pra cicatriz não ficar escura.
- Acho que é só.

***

Eu mostro mesmo
Várias pessoas me perguntaram se eu continuo olhando muito pra eles quando estou no espelho. É CLARO QUE SIM! Não tiro os olhos por um minuto sequer. E mais: antes de eu operar vi vários pares de turbinados e pensava se também agiria assim. Se eu mostro? É CLARO QUE SIM! Inclusive pela webcam pras amigAs que moram longe. Gente, eu sofri muito pra não compartilhar o resultado tudo de ótimo. Basta pronunciar a palavra silicone que já estou arrancando a blusa. Tava pensando sobre isso. É um comportamento tão inevitável entre as siliconadas, que deve ser transmitido na sala de cirurgia. Faça o teste. Não comigo, claro. Eu já me entreguei.

Prova de Amor

Na história da humanidade existem grandes provas de amor. O monumental Taj Mahal, encerra uma das mais fascinantes. Em 1632, o imperador mongol Shah Jahan mandou erguer em Agra, na Índia, um mausoléu de mármore e pedras preciosas em homenagem à amada, Mumtaz Mahal, que morreu ao dar à luz a um filho dele. Mais de 20 mil homens empenharam-se durante 22 anos na construção do monumento, projetado por arquitetos renomados trazidos de diversas partes do mundo Árabe. Desenho de flores, construídos com pedras coloridas semipreciosas incrustadas no mármore, decoram o interior, onde esta o sarcófago. Citações do Alcorão adornam as paredes externas, entre elas uma que convida os “puros de coração”a entrar nos “jardins do paraíso”. A s ambições de Shah Jahan iam além. Para guardar seu corpo, pretendia construir do outro lado do rio um mausoléu de mármore preto, unido ao da amada por uma ponte. Mas antes foi deposto pelo filho Aurangzeb e, segundo se conta, só conseguia então ver o Taj Mahal a partir da pequena janela de sua cela. O corpo de Shah Jahan repousa junto com o de Mumtaz, no Taj Mahal. Essa maravilhosa obra (parece que foi concluída em 1666) é considerada uma das mais perfeitas jóias da arte muçulmana no país e, hoje, é Patrimônio da Humanidade.

Imagina só! Um homem construir tal maravilha pra você?
Eu: Não se fazem mais homens com antigamente.
Péricles: É porque não existem mais mulheres como antigamente.

Fiquei pensativa por alguns instantes.

Malditos vizinhos

Alugaram uma casa que estava vazia há muito tempo. Agora estou acordando sábado e domingo com música sertaneja antes das 8. Na semana, os desgraçados costumam ouvir funk (dos proibidões) até quase 1 da madrugada. Durante a tarde, eu ouço sucessos como “no hospital, na sala de cirurgia, pela vidraça eu via, você morrendo ao sorrir...” (é o que estou ouvindo agora, juro). O som é tão alto que chega até aqui, 4 casas depois, do outro lado da rua. Colado a eles mora um casal de velhinhos que deve ter presenciado a construção das pirâmides e não consegue mais dormir em paz. Agora eu pergunto: todo mundo precisa realmente ouvir a música que eles gostam, na hora que eles querem???? Isso é um absurdo. O direto de um acaba quando começa o do outro. Malditos vizinhos, que além de inconvenientes ainda têm péssimo gosto musical.

Pastores comparam gays a pedófilos

Essa foi uma das afirmações mais absurdas que já vi na minha vida. Se as pessoas não aceitam o homossexualismo por esse ou aquele motivo, já estão erradas, mas fazer esse tipo de comparação é no mínimo uma falta de discernimento. Todo mundo sabe que a pedofilia é um desvio sexual em que o adulto sente atração por crianças ou adolescentes. Esse tipo de apetite causa estragos devastadores e alimenta atos absurdos contra meninos e meninas que, às vezes, ainda nem aprenderam a falar. Eles não têm poder de escolha e nem sabem o que está acontecendo. São vítimas e não parceiros. São muito diferentes dos homossexuais, que não são atraídos pelo cheiro de leite, mas por pessoas do mesmo sexo.
Essa tentativa de igualar grupos tão distintos tem uma origem: o desespero em vetar um projeto de lei que pune quem discriminar a orientação sexual do outro. Os pastores que tiveram a ousadia de falar tamanha aberração estão agora em Brasília. Com esse argumento, eles nem deveriam ser ouvidos. Eu acho que eles tinham que passar um tempo vendo o sol nascer quadrado pelo desplante de denegrir um grupo que já deveria ter seus direitos assegurados há muito tempo. Afinal, se o dinheiro deles é limpo pra pagar impostos e movimentar o mercado de trabalho, porque não podem ser respeitados como cidadãos? Ter direito ao casamento, à herança do parceiro, à dignidade?
Os pastores e padres têm a cara de pau de dizer que fazem isso para defender a família, pra não deixar que as crianças cresçam achando que o homossexualismo é normal. Ou melhor, aceitável. Eu nunca vi esses grupos reunindo forças pra combater o crime, a violência e a corrupção, que é a maior doença do Brasil. Porque eles não foram a Brasília gritar quando livraram a cara do Renan? Aquilo sim, foi um péssimo exemplo para os nossos pequeninos. Eles vivem nos carcando de verdade e não temos como nos defender. Deixem a bandeira arco-íris em paz. No final, você vai acabar achando um pote de ouro.

:o(

Hoje, pouco antes do almoço, me senti como uma criança que acabaram de tirar o doce da boca.

Lugar de bicho NÃO é no circo

Lugar de bicho não é no Circo

Quando eu era pequena, adorava ir ao circo com meu avô. E quanto mais bicho atuando, mais eu gostava. Eu sempre adorei animais. Por causa disso que AGORA, toda vez que vejo algo de extraordinário envolvendo um elefante, leão, macaco, entre outros, eu só penso em como eles devem ter sofrido pra aprender a fazer aquilo. Malditos donos de circo.

Ps. Alguns animais maltratados e a 1ª vez que o leão teve contato com a terra.

Lulu Santos

Já tinha visto algumas propagandas do show do Lulu que ia ter di grátis na Praia da Costa. Eu adoro o Lulu Santos. Já fui a várias apresentações e sempre me diverti horrores. Gosto das músicas, da energia, do público e dele comandando a festa. Regendo os movimentos dos braços, as palmas, o coro composto por milhares de fãs. Às vezes acho que ele tem uma postura de “eu sou foda”. Mas tudo bem, eu acho ele foda mesmo. E das boas. Então, logo que li sobre a vinda dele, fiquei tentada a ir, mas também desanimada por ser aberto. Todo mundo sabe que festas abertas dá de tudo. Mas não era só isso que tava pegando, porque nunca tive problema em encarar multidões. Meu medo era acontecer algum desastre que atingisse meus seios. Imagina só: um corre-corre danado, eu levando cotoveladas por todos os lados e meus peitos ficando caolhos? Só decidi às 3 da tarde, quando a Marcela ligou aqui pra casa falando que ia com o Jônio. Depois, a Gabriela animou também. Eu não poderia ficar de fora, né? Me preparei psicologicamente e lá fomos nós três, sem o Jônio, que tava cansado e ficou dormindo. A praia tava LOTADA! Aos poucos fui relaxando e gostando. Me senti no túnel do tempo. Nem lembro da última vez que fui a uma festa assim, aberta, cheia de gente do bem, que só estava interessada em se divertir. Tinha um monte de crianças e adolescentes que nem deviam conhecer as músicas mais antigas. A infra-estrutura tava bacana, com banheiros químicos e tudo mais. Os únicos camarotes eram as varandas dos prédios ao lado do palco. Gosto disso. Shows sem camarotes.
Logo achamos um lugar legal, mas tivemos que sair porque tinha um bando de maconheiro chato empurrando todo mundo. Alguns grãos de areia depois e tivemos ótima visão do palco. O show atrasou uma hora, mas valeu a pena esperar. Quando a luz focalizou o centro do palco, um Lulu sentado lendo o jornal e todo performatico apareceu cantando:


"Hi! Deixa que digam
Que pensem, que falem
Deixa isso prá lá
Vem prá cá
O que é que tem?
E eu não tô fazendo nada
Nem você também
Faz mal bater um papo
Assim gostoso, com alguém?
Eu disse deixeeeeeeeeee..."

Fomos ao delírio. Todo mundo cantando, dançando, vibrando, pulando. Uma sucessão de sucessos antigos e novos esquentou a praia como um sol de 40º. Quando pensava que ele já tinha cantando todas as músicas, vinha outra e me arrebatava de novo, me fazia relembrar algum momento da vida. Eu gritava as letras, com os olhos fechados e os braços pra cima, na maior curtição. O ponto alto foi quando Lulu cantou “Como uma onda”. Quero dizer, quando ele não cantou. Quando ele virou platéia e a platéia virou astro. Cantamos por vários minutos:

“Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo
Agora!
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro
Sempre!...
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar...”

1:50 minutos depois do início, a multidão se dispersou. A noite estava linda e eu, abraçada às minhas duas grandes amigas, feliz da vida por ter ido ver aquele certo alguém.

Jogo do Brasil e Suzana Werner

Não estava muito animada pra ver esse jogo de 4ª feira, depois daquele fracasso de domingo. Mas como seria logo depois da novela, continuei exatamente no mesmo lugar: esticada na poltrona comendo pipoca. Aos poucos, tudo foi mudando. O Maraca lotado, a torcida era um verdadeiro álbum de família, o verde e amarelo dando vida à esperança de que seria um jogo diferente. Comecei a me agitar, comecei a querer estar lá também, com o rosto pintado e mais inquieta do que as milhares de bandeirinhas que saudavam a seleção depois dos 7 anos de ausência. Aí veio o golpe final que me prenderia de vez à partida: a visão do Júlio César chorando. Pronto. Naquela hora fiquei também emocionada, lágrimas brotaram e acabei tendo uma lembrança nada patriótica ou esportiva: Suzana Werner. Sim, ela mesma. Pensei em como ela se deu bem por ter casado com aquele Bonitão e não com o Fenômeno. Lembrei da Copa da França, onde muita gente disse que a culpa pelo piripaque do Ronaldinho tinha sido dela. Em como se manteve digna a não recorrer ao golpe da barriga para garantir uma renda fixa pro resto da vida durante os anos em que ficaram juntos. Dos chifres que ela tomou. Das chacotas que sofreu quando começou a namorar outro jogador. Em como a vida afetiva do Gordo vive na boca do povo e a dela, não. Foi tudo muito rápido e no meio desse turbilhão, minha vó falou:
- A melhor coisa que a Suzana fez foi ter casado com esse pão. Aquele Ronaldinho é muito feio.
- Mãe! Eu tava pensando a mesma coisa! Feio e galinha. Eita homem bonito, esse goleiro – disse minha mãe.
- E ele parece ser um menino bom – valorizou, vovó.
Eu dei uma gargalhada e sentei. As duas não paravam de falar e o tricô foi muito além disso, depois que eu entrei na conversa. Só paramos depois de uns minutos de jogo, quando começamos a torcer histéricamente e mudamos o foco dos xingamentos.
Mas só ontem, lendo o Garota Carioca, que me dei conta de que esse foi um pensamento compartilhado pela mulherada. Eu me reconheci no texto da Daniela logo nas primeiras linhas. Depois disso, fiz uma enquete com várias amigas e todas lembraram da Loira. À noite, quando o JN passava imagens da festa que teve depois da vitória, vovó perguntou.
- Pôxa, cadê a Suzana? Bem fez ela que não casou com o aquele outro lá.

Ursinha Panda

Queria fazer com o silicone igual faço com minha lente de contato: tiro pra deitar e coloco depois que tomo café. Ainda está muito difícil pra dormir. Hoje foi duro levantar da cama: horário de verão, chuvinha fina caindo e uma noite mal dormida. Viro pra um lado, eu acordo. Viro pro outro, eu desperto. Respiro, eu perco o sono. Tenho tantas olheiras que estou parecendo uma ursinha panda.

Alma Gêmea?

Sabe aquela pessoa que você acha igualzinha a você? Que curte os mesmos programas, ouve as mesmas músicas, prefere a mesma comida, tem os mesmos assuntos. Pois é, geralmente são chamadas de almas gêmeas. Os problemas começam quando surge algum pretendente que parece disposto a ocupar o cargo de Cara Metade de forma honesta mas, na verdade, é um farsante. Esse tipo de pessoa nem sempre é facilmente reconhecida. Às vezes ela engana até nossos melhores amigos, que possuem um radar mais apurado por estarem de fora. Ela é atenciosa, divide os mesmos gostos, trata sua mãe com carinho e fala do futuro. Quando você se dá conta, já está juntando os sobrenomes pra ver se combinam, na maior ilusão. Existe também o típico Don Juan. Tá na cara que a pessoa não vale o prato que come, que tem um passado mais negro do que o Michael Jackson há uns 20 anos atrás. Mas você acha que o que passou, passou e com você vai ser diferente. E tem os cagões. É um tipinho que acha que quer, fala que quer, demonstra que quer mas, lá no fundo, sabe que não vai segurar a barra de um compromisso sério. Desculpas e motivos pra isso não lhe faltam. Esse, depois de passar por um tratamento de choque, eu ainda acho que tem recuperação. Já os outros... acredito que uma hora acabam voltando às origens. A maioria some pra demonstrar que não quer mais nada, ou para o ponto final parta de nós. Ao invés de almas gêmeas, são almas penadas.

20 dias depois...

O que aconteceu de lá pra cá:

- Meus seios já desincharam muito, mas só vão ficar legais mesmo daqui 1 mês;
- Já consigo dormir de lado, mas tenho que usar 3 travesseiros;
- Já consigo levantar os braços, mas não me atrevo a me esticar toda;
- Semana passada saí sem sutiã, mas depois de um tempo minha cicatriz começou a queimar e eles, a pesar;
- As casquinhas da cicatriz estão saindo! E ela tá linda, fininha e quase invisível, graças a DEUS!
- Vou começar a dirigir amanhã, mas não vou fazer baliza e outras manobras (mas é só porque eu não quero);
- Os mamilos estão menos doloridos. Eles doem muito depois de uns 7 dias;
- Só sinto alguma coisa se movendo dentro de mim quando faço movimentos rápidos, e só do lado direito.
- Os dias não estão mais se arrastando;
- Não sinto mais que vou tombar pra frente quando levanto rápido.

Women In Art

“A arte não foi feita pra inteligência e sim para a sensibilidade.”
Essa frase não é minha, mas pude conferir sua veracidade com este vídeo. Duas pessoas totalmente diferentes o viram. Uma é absurdamente instruída, viajada e tal. A outra, simples e sem instrução. Essa segunda amou. A primeira, não achou muita graça. É... tem coisas que a gente tem que ver pra crer.

Horário de Verão

Agora são 02:10, ops, 3:10 da madrugada e eu ainda estou acordada, batendo papo com alguns amigos no MSN: Fernando, Rodolfo e Alexandre. E, incrivelmente, falava sobre assuntos parecidos com os 3. Aproveitar a vida, se mudamos de verdade, vingança, começo e fim de relacionamentos, pouco caso, perfil, amizades. Não chegamos a conclusão alguma, mas ninguém queria uma solução. Era como se estivéssemos numa mesa de bar dividindo experiências. Só faltou a cerveja.

***

Engraçado é que os assuntos me fizeram lembrar um filme do Wood Allen. A personagem dele adora citar piadas. Diz que elas contêm verdades que ninguém consegue perceber. A que mais me “falou” foi essa:

Um homem foi ao médico e disse:
- Doutor, toda vez que eu faço assim, minha mão dói muito – fazendo movimentos absurdos e desnecessários com a mão, o pulso e os dedos.
- Então... por que você faz? - respondeu com uma pergunta, calmamente.

Visitas

Não tive muitas. Acho que por ter ido trabalhar logo, o povo acha que não precisa vir aqui em casa me ver. Que saco isso, porque amo ser paparicada. A primeira pessoa que apareceu no hospital foi o Tony, mais pra cuidar de mim do que pra fazer um social. O enfermeiro mais lindo do mundo. Valeu irmão! Depois foi o namorido de mamãe. Gabi apareceu logo no outro dia e me deu dicas preciosas de quem já passou pelas mãos do Dr. Lindão. No bom sentindo, claro (ui!). Ela explicou como deitar, levantar, lavar os cabelões, discursou sobre cicatrizes e trocamos várias figurinhas. Foi ótimo! No outro dia, Fernando veio. Batemos muito papo, contei todas as minhas peripécias no hospital. A conversa tava tão boa que me atrapalhei e troquei os remédios. Ele adorou o resultado e eu a visita. Gabi veio novamente no domingo carregada de roupas. Eu quase não tenho peças abertas na frente e não posso me dar ao desfrute de levantar os braços. Segunda-feira foi o dia da Simone. Depois de anos sem vir aqui, achou o caminho de volta e rimos horrores. E, pra variar, ela me conseguiu uma informação importante. Hoje vieram o Fernando, que me levou pra tomar um sorvetinho delicioso na Praia da Costa, e a Karina. Essa aí foi uma das primeiras pessoas a saber que eu ia fazer a cirurgia e esqueceu de me ligar! Só foi lembrar dias depois. Claro que ela se sentiu muito culpada e eu achei foi pouco. Falei que não adiantava mais, que não ia deixá-la ver, nem botar a mão.
- Ah... deixa, vai.
- Não!
- Eu te dou um sutiã.
- Você acha que vai me comprar com um sutiã???
- Tá bem, tá bem. Eu levo também uma calcinha.
- Você vem quando?


Ela veio e arrasou no presente. Quer dizer, EU arrasei no presente. heeheh

Valeu, Ka, o 1º sutiã a gente nunca esquece!!!

A quoi ça sert l'amour ?

Um delicioso filminho animado francês sobre o encontro, a separação, as outras tentativas e o reencontro de um casal parisiense. Fundo musical de Edith Piaf e Theo Sarapo. A vida não poderia imitar a arte num caso assim?

Lovestórias

Melhor se fosse apenas vagabunda. Elas sempre lidam melhor com as sacanagens da vida.

Tangas Frouxas x DBF



Essas são algumas das irmandades mais secretas do mundo, mas decidi revelar sua existência, mesmo correndo sérios riscos. Apesar de serem 2 extremos, seus participantes vivem em perfeita harmonia. É claro que também há momentos de tensão, sempre resolvidos com uma boa birita. Você mesmo deve conhecer vários militantes, mas agora vai ser moleza identificá-los. Infelizmente não poderei dar muitos detalhes, ou terei que matar você depois.

Fundação Tangas Frouxas: são aqueles mandados pelas mulheres, comprovadamente.
Origem do nome: é quando o cara arrega tanto pra mulher, que chega a afinar e mal cabe dentro da cueca.


Fundação do Pássaro Morto: são aqueles que mandam nas mulheres, teoricamente.
Origem do nome: sabe aquelas histórias da máfia, onde os marcados pra morrer recebem um pássaro morto?

Ps. Atenção à autorização pra sair de casa dos TF.

Vida AC - DC

Como disse antes, vou contar os primeiros dias Antes da Cirurgia e Depois da Cirurgia. Mas já adianto uma informação que muita mulher não sabe: "DÓI MUITO". E outra que é visível: "mas vale a pena" :o)

Dia D – 27/09 (5ª feira)
Antes: o Dr. Lindão fez vários rabiscos em mim. Eram estranhos e, como os médicos têm a letra horrível, achei até que poderia ser alguma anotação, sei lá. Entramos também no consenso de que ele não colocaria os 2 Everestes que ele queria. Escolhemos uma prótese de 250 ml.
Depois: DÓI PRA CARALEO!!! Ignorei os avisos da Érika – amiga aqui da agência e dona de um belo par - , mas dói mesmo!!! Mas o pior foi na hora de fazer xixi. Quando mamãe começou a levantar a cama, as dores me levaram às alturas. Não sabia o que era pior: a sensação de alguma coisa dentro de mim, o corte, a pele esticadérrima ou a falta de ar. Não conseguia respirar.
Quando cheguei ao banheiro, senti tanta, mas tanta dor, que quase desmaiei. Nessa hora eu me arrependi muito da vaidade.
- O que que eu tinha que ter inventado de mexer nesses peitos???
Depois disso só me atrevi a levantar no outro dia.


NOTA: o povo aqui da agência é DEMAIS!!! O Hospital onde fiquei é aqui atrás e, depois de um tempo, ouvi muitos gritos “ANNA!!!”. Era o povo me gritando e eu morrendo de rir e querendo muito chegar à janela pra dar 1 xauzinho.

2° dia – 28/09 (6ª feira)
Dr. Lindão me deu alta logo cedo e fui, linda, loura e de bracinhos inertes pra casa. A dor não dava trégua e encarei outro problema: deitar e levantar. Era sempre um horror. Além de não poder fazer nenhum dos 2 sozinha pra não forçar os pontos, a cicatriz parecia que ia abrir com os movimentos. E a falta de ar persistia. Eu ficava alguns minutos até respirar normalmente. Acabei dormindo no sofá, recostada numa almofadona e foi tarde porque Gabi passou lá em casa e botamos o papo em dia.


3° dia – 29/09 (sábado)
Novamente, problemas pra levantar. Achei melhor nem tirar um cochilo durante a tarde. E encarei meu 1° banho em casa. Como não podia molhar a cicatriz, só rolava da cintura pra baixo. O resto era com mamãe. Ela ensaboava uma toalhinha, passava em mim, depois passava outra toalhinha molhada pra depois enxugar com uma toalhona. Era um saco e ficava agoniada. Mas aí, via minhas lindas aquisições e tudo valia a pena. Fernando apareceu pra conferir o resultado. Ele gostou e isso é bom, porque tem um ótimo gosto.


4° dia – 30/09 (domingo)
Ainda sinto dor, mas já melhorou muito. Acordei novamente no sofá e precisei de ajuda pra levantar. A pior parte de tudo é isso. A dependência. O médico me mandou ficar sossegadinha, sem levantar os braços, pegar peso, essas coisas. Eu que não ia desobedecer o omi, né? Ainda mais que a cara da minha cicatriz vai depender disso. A grande aventura foi lavar os cabelos, que são compridos. Mamãe passou a manguerinha do chuveiro pela janela, eu quase deitei numa cadeira e ela os lavou no tanque, esfregando como se fosse roupa suja.


5° dia – 01/10 (2ª feira)
Já melhorei bastante e vim trabalhar. Os meninos ficaram agitados, mas não perderam a chance de me sacanear. Por conta dos movimentos comedidos, eles me chamaram de Roy, o dinossauro de braços curtinhos. Já consigo deitar sozinha porque aprendi a me jogar sem sentir que ia me estatelar na almofadona que levei pro quarto. Neste dia, fiquei 10 minutos gritando pra alguém me acudir. É que esqueci de pedir pra alguém tirar os 2 prendendores do cabelos.


7° dia - 03/10 (4ª feira)
O Dr. Lindão me ligou e disse pra eu tirar logo os pontos. Adorei isso. E foi rapidinho. Ele só deu um piquezinho nas pontas e deixou o resto. Ele disse que o tipo de “linha” usada ajuda a selar o corte. E fez a grande pergunta:
- Você anda sentindo falta de ar?
- Agora não muito, mas senti demais no começo.
- É normal, porque o silicone comprime o tórax.
- E você só me avisa disso agora???
Que médico louco! E eu quase pedindo um balão de oxigênio. Depois fiquei pensando... não sei como nenhuma peituda com mais de 400 ml nunca morreu sufocada.


9° dia – 04/10 (6ª feira)
Estou bem melhor, graças a Deus!!! Hoje provei um montão de vestidos de decotes diferentes. É que na semana que vem, vou levá-los pro primeiro passeio noturno. Apesar da dor que senti depois de tanta estripulia “levanta braço, puxa pra passar pelos peitos”, tive a grande certeza: foi uma das melhores compras que já fiz.