DEPOIS DO THE END – A Fantástica Fábrica de Chocolate

- Não moça. Pela última vez, não existem chocolates Willy Wonka Zero.
- Nem com menos calorias?
- Não. São todos iguais.
- Calóricos e engordativos.
- Exatamente.
- Bem, então... nada feito – e a mocinha, espremida numa calça jeans e barriga de fora, saiu batendo a porta de vidro com sininhos.
O dono da lojinha passou a mão pela careca, tentando domar o topete que ele ainda acredita existir. Estava nervoso.
- Agora me fala, Deuclídes. Pra que essa tábua precisa de chocolate Zero? Você viu as costelas? Dá até pra fazer um reco-reco.
- A moda agora é Zero, seu Agenor. As pessoas comem, comem, comem e, pra aliviar a consciência, pedem um refri Zero, um doce Zero, uma palhaçada Zero.
- Eu já falei isso pro Wonka e sabe o que ele me respondeu?
Deuclídes sacudiu a cabeça.
- Que prefere ter um Rei Momo como garoto propaganda do que fazer doces Zero.
- Que isso, seu Agenor!
- Pois é. Disse que altera o sabor, mas me pareceu outra coisa. E sabe do que mais? Isso não pode continuar. Eu vou ligar pra reclamar.
Deuclídes arregalou os olhos enquanto seu Agenor sacudia o telefone como se o coitado fosse a goela do Wonka.
- Ele já tem dinheiro o suficiente para as três próximas encarnações. E o meu mal dá pra esta.
No segundo toque, para a surpresa de seu Agenor, uma mocinha atendeu.
- Boa tarde... – disse seu Agenor, inseguro, imaginando onde estaria o Ompa Loompa telefonista – é da Fantástica Fábrica de Chocolate?
- Sim, quem está falando?
- Aqui é Senhor Agenor.
- Em que posso estar ajudando, Sr. Agenor?
- Eu quero falar com o Wonka. Pode passar o ramal?
- Ah, mas isso eu não posso estar fazendo.
- Por quê?
- Porque o Sr. Wonka não está querendo atender qualquer um.
- Quem é você? – disse intrigado.
- Eu sou a esposa dos Ompa Loompa. Estou querendo dizer, de um deles.
O queixo de seu Agenor caiu.
- Os Ompa Loompa têm esposas? Têm irmãs, tias, mães? – disse embasbacado.
- Claro que têm mães. Está achando que eles brotam da terra? Ou melhor, do chocolate? – a moça começou a ficar irritada – Eu sempre estive sabendo que a gente nunca representou nada pra eles. Mas isso já está sendo demais.
- Não, Dona Ompa... – e parou, sem saber do que chamar a mulher.
- Está querendo saber saber? – perguntou aos berros. – Vou estar te passando pro todo poderoso. Tomara que você seja um desses repórteres fofoqueiros.
Seu Agenor tomou um susto tão grande que deixou o fone cair no chão.
- O que foi seu Agenor? O Sr. está pálido – perguntou Deuclídes.
- Deuclídes! Existem mulheres Ompa Loompa. Pega a extensão – e fez sinal de silêncio porque, no mesmo instante, um homem atendeu a ligação.
- Wonka falando.
- Sr. Wonka! Os Ompa Loompa têm esposas?
- Você é jornalista? – perguntou, apreensivo.
- Não, eu sou...
- Menos mal – cortou Wonka, aliviado. – Não sei até quando vou conseguir abafar esse assunto. Como soube?
- A Ompa, quer dizer, a mocinha que atendeu a ligação deixou escapar – disse seu Agenor, meio sem graça. – Como isso aconteceu?
- Você acha que os Ompa Loompa brotam da terra? Ou melhor, do chocolate? – disse Wonka, impaciente.
- É... não... hum... – disse sem saber o que dizer, seu Agenor.
- Sempre pensei que fossem clones... – disse Deuclídes, se intrometendo na conversa. – ou, sei lá, Gremlins do chocolate...
- Antes fossem, antes fossem. Mas eles têm mães, irmãs, tias e... – Wonka baixou o tom de voz. – sogras.
- O que?! – seu Agenor não conseguia acreditar.
- Sogras. Os Ompa Loompa têm sogras. E elas sabem um monte de musiquinhas. Uma para cada situação. Todas criadas na hora.
- Pobres Ompa Loompa – disse seu Agenor, com amargura.
- E o pior você não sabe – falou Wonka, com um fio de voz.
- O que pode ser pior do que uma sogra repentista? – assustou-se Deuclídes.
- As esposas.
- São iguais às mães? – seu Agenor apertou o fone na orelha.
- Elas são iguais a eles.
- Deus é mais! – gritou de pavor, Deuclídes, ao imaginar a versão Ompa Loompa de saias.
- E agora resolveram que não querem mais ser.
- Totalmente compreensível. Totalmente compreensível – afirmou seu Agenor.
- Você não entende?! – Wonka estava realmente apavorado. – Agora elas querem ser diferentes. Ter cabelos diferentes, roupas diferentes. Fazer tatuagem, botar piercing. Algumas querem até dirigir e usar salto alto. Várias estão na enfermaria com os tornozelos torcidos.
Seu Agenor começou a sentir pena do Wonka.
- Os Ompa Loompa não conseguem mais trabalhar em paz. Elas reclamam que eles nunca conversam. Querem atenção! São carentes e barraqueiras. Minha produção nunca foi tão baixa.
- E o Charlie? – quis saber Deuclídes.
- O que tem Charlie? – perguntou na defensiva.
- Ele não é seu braço direito? – continuou.
- O problema é que sou canhoto – disse desgostoso.
- Então, ele não está ajudando? – insistiu Deuclídes.
- O Charlie está num spa – respondeu a contra-gosto.
- Mas ele sempre foi tão magricela – disse seu Agenor.
- E nem parecia ser guloso – completou Deuclides.
- Ele não era de comer muito. Até o dia em que leu uma reportagem: "Chocolate substitui o sexo". Antigamente não tinha mulher na fábrica. E o Charlie em plena adolescência – disse, pesaroso.
- Ele deve estar uma bola – falou Deuclídes, com um risinho maldoso.
- Então tá, Sr. Wonka. Mais sorte pro senhor – disse seu Agenor, querendo acabar o papo. Estava começando a ficar deprimido.
- Pera aí. Quem tá falando? – perguntou Wonka.
- Aqui é seu Agenor, da lojinha da esquina.
- Ah sim, seu Agenor. Mas por que o senhor ligou?
- Eu gostaria de saber, Sr. Wonka, quando vai começar a fabricar doces Zero.
O silêncio do outro lado da linha foi tão grande, que seu Agenor pensou que a ligação tivesse caído.
- Sr. Wonka?
- Nunca, Seu Agenor! Eu NUNCA vou fabricar doces Zero. Primeiro porque as Ompa Loompa estão loucas pra que isso aconteça. Muitas estão engordando e pensam que vão ficar iguais ao Charlie. Até já espalhei fotos dele pela empresa. Algumas já foram embora.
Nesse momento, o sininho da porta tilintou e outra magrela de barriga de fora entrou na lojinha. Dava pra ler "Zero" piscando na testa.
- Segundo, - Wonka continuou – vai que o próprio Charle se anima a voltar e, no desespero, se engraça com alguma delas?
Seu Agenor estava paralisado. Aquele era um caso perdido. Não sabia se odiava mais as Ompa Loompa ou aquele maldito umbigo que implorava por baixa caloria. Ficou muito irritado com o Wonka, depois que ela pediu um chocolate Zero. Nem reparou que desligou o telefone na cara dele.
- Por que você não pára de fazer doce e leva um desses, heim? – quase implorou seu Agenor, com um sorriso.
- Moço, eu não faço doce – falou com voz fina, antes de sair batendo a porta de vidro com sininhos – e, se fizesse, seria um doce Zero.



Ps. Se você gostou do estilo, tem outro aqui: http://dezdedinhos.blogspot.com/2008/07/depois-do-end-et-guerra-dos-mundos.html

Proposta para perdoar traficantes no Natal

“O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária vai submeter a Tarso Genro e ao Lula a proposta que contém mudanças nas regras o indulto natalino de 2008, inclusive uma que prevê o perdão para traficantes que não pertençam a organizações criminosas.

O indulto de Natal é o perdão definitivo de penas concedido pelo Presidente da República a condenados, sob preenchimento de determinados requisitos. A medida é diferente da saída temporária, em que alguns detentos saem das penitenciárias nos períodos de festas e precisam retornar a prisão.

Após cumprirem um período da pena, eles seriam libertados dentro de uma perspectiva de desinternação progressiva. “A idéia é soltá-los do sistema penal e alocá-los dentro do Sistema Único de Saúde”, disse Shecaica – Presidente do CNPCP. Mulheres que tenham filhos com necessidades especiais e pessoas com doenças graves, como os tetraplégicos, possuem tratamento prioritário para concessão do indulto.”
Fonte: A Tribuna, 27/10/2008

Brasileiro é um povo estranho. É difícil conseguir prender os bandidos que devem ser presos e, quando conseguem, querem soltar antes do tempo. Livrar a cara do traficante que prefere atuar como freelancer é uma vergonha. É mostrar que o crime vale a pena, porque a pena é pequena. Claro que existe uma diferença entre os que agem sozinhos dos que integram o crime organizado, mas isso deveria ser decidido na hora do julgamento e não depois. Acha que esse tratamento não é um alívio para os que estão de fora, com medo de serem pegos?

Outro ponto é a saída temporária. Essa nossa justiça dá muita folga pra esses bandidos, viu. Onde já se viu condenado sair da prisão pra comer Chester, ou ovinhos da Páscoa em casa. Quer passar Natal com a família? Pára de roubar e vai arrumar o que fazer, vagabundo.

E daí que a detenta tem filho com necessidades especiais? Que pensasse nisso antes de entrar para o mundo do crime e deixasse o coitado órfão.

A pessoa tem alguma doença grave ou mais de 60 anos? Na hora de fazer o mal feito, isso não pesou, pesou?

Se comportar de maneira correta não deveria ser um favor, já que se comportou tão mal antes de ver o sol nascer quadrado.

Claro que existem bandidos e bandidos, e que eles deveriam ser tratados de formas diferentes, sempre pensando na reabilitação. Reabilitação. O que é muito diferente de fechar os olhos para o que já aconteceu e achar que o caminho certo é dar uma colher de chá antes da pena acabar. No meu entender, a impunidade é um dos principais motivadores àqueles que pensam em passar para o lado negro da força.

Sim, eu ODEIO bandidos. Odeio muito. Eles me tiram tão do sério que há anos atrás eu dei um soco num moleque do meu tamanho quando ele tentou me assaltar na saída do banco. Ele puxava minha bolsa de lá, eu puxava de cá. Ele puxava pra cá, eu puxava pra lá. E as pessoas passavam, olhando, acovardadas. Fui me emputecendo, emputecendo até que explodi e acertei ele do lado da orelha. Do jeitinho que meu primo me ensinou. Ao invés de acertar em linha reta, eu bati de lado, que fica mais forte. Ele tomou um susto, cambaleou e saiu correndo. E eu xingando até a última geração dele. Foi uma maluquice, mas na hora eu nem pensei.

Eu acharia ótimo se os verdadeiros culpados por crimes bárbaros tivessem uma pedra amarrada no pescoço e fossem atirados aos tubarões, para servir de exemplo. Incluindo aí, os malditos políticos corruptos que estão acabando com o nosso país e cooperando para aumento do número de meliantes. E nem adianda me olhar torto. Cadeia é para homens, e não para animais.

Macaquices


Estas fotos tem 1 mês. Mas estes vizinhos da agência continuam aparecendo até hoje. Agora, além dos tradicionais biscoitos, passei a trazer também bananas. A turma deve ter mais de 30 saguis. Na 2ª foto, repare nos que estão nas árvores. São lindos, mansos e muito educadinhos na hora de pegar a comida.

Varejo hardcore

Os clientes acham que só o comercial extremamente agressivo de varejo aumenta o consumo. No meu caso, eu estou sendo consumida por ele! Até o último pingo de criatividade e dignidade!! Tô com medo da luz se apagar e nunca mais acender!!! Tô com medo de enfiar exclamações em tudo quanto é texto!!!!!!! Tô com medo de escrever “preços no chão” para vender um Mitsubishi que custa quase 200 mil reais. Tô com medo de colocar “é só amanhã” para divulgar uma peça de teatro que ainda nem estreou. Tô com medo de olhar para o céu à noite e ver splashes no lugar de estrelas. O negócio tá feio. E a tendência é só piorar.
Um briefing institucional pelo amor de Deus! Um briefing institucional por caridade!!!

A ocasião faz o ladrão?

Há umas semanas, eu me diverti muito vendo A Grande Família. O episódio mostrava a atriz Juliana Alves, a Mulher Gerimun, trabalhando na casa da Nenê e Lineu. Com roupas de menos e abundância de mais, a moçoila rebolava enquanto varria e esbanjava sensualidade na hora lavar a louça. Ou seja, deixou a mulherada de cabelos em pé. O mais engraçado mesmo foi a reação dos homens. O Agostinho, contrariando todas as expectativas, foi quem mais detestou a contratação porque anteviu a confusão que uma mulher fruta dentro de casa poderia render. E rendeu, claro.

Depois fiquei pensando que mulher teria coragem de colocar uma empregada daquela dentro de casa, perto do marido e dos filhos. Não se trata de insegurança, falta de confiança no seu homem ou preocupação com a cria. Mas seguro morreu de velho. O mundo já anda de pernas para o ar. Ninguém mais respeita aliança no dedo da mão esquerda. Tá cheio de sirigaita por aí que só de saber que o cara é casado, fica toda ouriçada. A verdade é que há tentação espalhada por todos os lugares e tudo o que a gente menos precisa é ter uma maçã apetitosa bem debaixo do nosso nariz diariamente. Se a ocasião faz o ladrão, não tenho certeza. Mas eu que não vou deixar minha carteira aberta por aí. O que você pensa sobre isso?

As bonitas que me perdoem. Mas feiúra é fundamental. Lembram da Sienna Miller? Eu nunca contrataria uma empregada, ou babá com 1% de potencial. Vai que ele tem uma fantasia com secretárias do lar. Uma amiga me contou que a empregada dela usa um short minúsculo e blusa decotada. É baranga, mas tá mais exposta do que umbigo de pirigete. Se fosse comigo ela estaria trabalhando de burca, pra lagar de ser besta.

E você, homem, que está lendo isso e me achando insegura, desconfiada ou maldosa, o que acha da sua mulher contratar um jardineiro como um desses caras lindos aqui abaixo? Imagina um sujeito desses, com os braços de fora, suados, peles curtidas pelo sol desfilando pelo seu quintal e, talvez oferecendo uma rosa vermelha de pétalas enormes a Dona Encrenca? Mas você se garante. Não ia ligar, né? Uhum... sei...








Meninas, foco! O que vocês acham de colocar uma empregada "bem nutrida" pra trabalhar dentro de casa? E vocês, meninos?

Menino invade zôo e alimenta crocodilo com animais raros.

"Um garoto de 7 anos invadiu um zoológico na Austrália, matou diversos animais e alimentou outros vivos a um crocodilo durante uma conturbada série de matanças capturada pelas câmeras de segurança do zôo.

O ataque aconteceu semana passada. Durante 35 minutos, o menino matou brutalmente 13 animais no centro de répteis da cidade australiana de Alice Springs. Em um dos casos, ele bateu em um lagarto diversas vezes com uma pedra até o animal não resistir mais. Além disso, o garoto ainda alimentou um crocodilo com diversos animais vivos que jogava na jaula do réptil de 3 metros, chamado Terry.

As imagens do circuito interno de televisão do centro mostram o garoto sorrindo enquanto assistia o crocodilo atacar um lagarto de língua azul.

Apesar de ter sido levado à polícia, o menino não pode ser preso pois é menor de idade. Mas o diretor do centro, Rex Neindorf, quer processar os pais do garoto, que, segundo ele, deveriam estar controlando o filho naquele momento.

“Estou desolado pela idade do menino, pelos estragos que ele fez e por ninguém querer se responsabilizar”, disse Neindorf à imprensa local. Se fosse na minha época de criança, ele levaria um bom chute no traseiro, afirmou o diretor” inconformado.

Neindorf disse que 10 répteis, 1 tartaruga, 4 lagartos de língua azul, 2 dragões-barbudos, 2 diabos-espinhosos foram jogados para Terry, o crocodilo de 200 quilos.

Além disso, mais três lagartos foram encontrados mortos em seus viveiros.
“Será difícil substituí-los. Muitos eram raros e maduros”, lamenta o diretor.

O menino foi interrogado pela polícia, mas se manteve calado. Os policiais afirmaram que não têm a menor idéia do que pode ter motivado o ataque."


Ainda tem gente que acha que o ser humano nasce bom e se transforma depois. Eu discordo. Acredito que já nascemos com índoles que podem ser mais ou menos desenvolvidas de acordo com a criação. Mas esse menino é muito novo para fazer o que fez. Imagina quando for mais velho? Na boa? Uma criatura assim me causa medo. Por mim, poderia ter caído e enchido a pança do Terry no momento em que jogava alguma vítima indefesa. Porque mexer com o jacaré, o mosntrinho não mexeu, né?


O sonho de Ícaro

Deus não lhes deu asas físicas porque sabia que as da imaginação fariam com que eles alcançassem vôos cada vez mais altos. A sensação de liberdade que o parapente transmite é irresistível também aos apreciadores que permanecem em terra firme, hipnotizados pelas manobras embaladas pelo vento e pelo colorido que adorna o azul do céu como divertidas e inquietas estrelas diurnas.

Ver os pilotos planando sobre aquela paisagem deslumbrante antes do grande encontro que reuniu os feras do esporte perto das nuvens, me fez entender exatamente porque Ícaro sucumbiu à tentação de voar cada vez mais alto.

Castelo – o reino do parapente


Passei este último final de semana em Castelo, uma cidade do interior do ES, para ver de perto o final da Copa Mundial de Parapente, ou melhor, Paragliding World Cup. Às 10 da manhã de sábado, fui de carona com o Sardinha – "amigo" da minha amiga Juliana – até a rampa de decolagem. Fiquei extasiada. Debaixo de um sol escaldante, mais de 100 sacolões coloriam ainda mais o verde do gramado e mostravam que algo de vibrante estava para acontecer. E aconteceu.

Foi empolgante ver os pilotos reunidos para receber as instruções de vôo, acertar os GPS’s, vestir roupas apropriadas, esticar os parapentes no chão, prender o selete nas costas e, finalmente, fazer a corridinha para ganhar o céu de Castelo. As decolagens foram rápidas e alguns pilotos saíram quase juntos, o que deixou a rampa vazia em pouco tempo. O único probleminha foi um piloto metido a passarinho que, mesmo sem muita habilidade, quis aparecer mais do que os outros e acabou enroscado numa árvore de galhos finos. Foi o mais fotografado do dia. E só não despencou porque Deus não quis.

A prova durou umas 3 horas e o GOL – lugar combinado para a aterrissagem – ficava a uns 65 km da rampa. E lá fui eu, com a Juliana ao volante, resgatar alguns pilotos, inclusive o dono do carro, Sardinha.

Além de me divertir muito com o campeonato, gostei conhecer Castelo, com suas ruas largas e bem cuidadas e berço das ótimas pessoas que tive o prazer de conhecer, como o Anderson, a Paola, a Roberta, o Sidney (piloto carioca) e os pais e irmãos da Juliana, colega de trabalho e aspirante a amiga. Esta, por sinal, foi uma hostess perfeita e me acolheu com muito carinho e atenção. Obrigada por tudo, gente.

By Mila Neri: Sonoplastia, edição, efeitos especiais.

Curiosidade parapentista - Recorde em Distância Livre

Sardinha (Rafael Saladini), Frank Brown e Marcelo Prieto (Cecéu), conquistaram em 2007 o Recorde Mundial de Distância livre. Foram 31 dias investidos em Quixadá, Ceará/Brasil. 3 recordes importantes batidos, 2 sul-americanos e 1 mundial de distância livre. 4 vôos muito importantes (397 km, 414 km, 398 km e 461 km). Mais de 3.000km voados e mais de 8.000km rodados pelo resgate.

Eu fiquei passada quando o Sidney contou esse feito do nosso trio de brasileiros na hora do almoço. Nunca imaginei que alguém pudesse voar uma distância tão longa num parapente. Tô até pensando em combinar com o Frank, heptacampeão brasileiro, capixaba e gato, pra ver se ele me leva a SP em dezembro para o show da Madonna. Com certeza seria muito melhor do que ir pela GOL. Ele poderia até me deixar no Morumbi, sem fila, sem estresse. Pensando bem, melhor não. Do jeito que sou desastrada, é capaz de eu errar a área VIP e despencar em cima da Lôra.

Clube da Luluzinha

Meninas, há muito tempo eu não via uma concentração tão grande de homens interessantes. Homens, homens, sabem? Aquela coisa saudável, descontraída e o jeito atrevido de quem pratica esporte radical. E vieram em bandos de várias partes do mundo com seus sotaques deliciosos. Deu até vontade de aprender a voar também.