Mais um feriado está chegando e quantas vezes você deixou de viajar porque não tinha companhia, ou ficava pesado pagar uma hospedagem sozinha? Ou que a Pousada era muito cara e a grana tava mais curta do que a perna do Frodo? Eu já. E mais de uma vez. Mas depois do carnaval, minha vida mudou. Fui apresentada ao fabuloso mundo dos albergues.

Logo que amigo Carlos avisou que íamos ficar em albegues em Olinda, Porto de Galinhas e Recife, eu confesso que tremi na base. É que sou meio fresca para hospedagens. Não quando fico na casa dos outros. Aí, eu durmo até debaixo do sofá, pode me convidar sem medo (não custa tentar, né? rs). Mas aventuras em lugares distantes da minha casinha, da minha caminha onde durmo com meus 2 travesseirinhos... aí já é outra coisa.

E por me conhecer bem, eu fiquei meio assustada quando soube que teria meu batismo num albergue. Albergue? Ai meu Deus! Nem quando eu era estudante me aventurei num albergue. Sempre pensei neles como território sem lei. E ao contrário da maioria dos adolescentes, eu nunca achei muita graça em lugares bagunçados, passando perrengue sem poder dormir em paz, acordando com pasta de dentes na cara e correndo o risco de ter alguma coisa roubada. É, eu sou chata pra isso. Furdunço só da porta do quarto pra rua, por favor.

Vendo a minha apreensão, amigo Carlos me perguntou se eu estava com medo. Medo, medo, não. Somente alguma preocupação, respondi. E comecei a fazer uma série de perguntas.

Eu: É muito bagunçado?
Ele: Não. É igual a pousada.
Eu: Mas tem café da manhã?
Ele: Tem.
Eu: Tem frigobar?
Ele: No de Olinda, não. Só em Porto de Galinhas.
Eu: Se eu deixar algo na geladeira, vão roubar?
Ele: Olha, eu acho que ninguém rouba nada, não.
Eu: Dá pra fazer comida mesmo?
Ele: Sim, mas tem que ter disposição, né? Mas pode levar seu miojinho. E pára com isso, amiga Hanna, você vai gostar.
Eu: Tá bem... – e acendi uma vela.

E não é que ele tinha razão! Gostei muito de ficar num lugar mais democrático, onde as pessoas costumam conversar na hora do café, saem juntas e ainda reúne gente do mundo todo. Sei lá, tem o clima de descontração de uma casa de praia da mãe do amigo, por exemplo. Mas como se ela estivesse atenta aos excessos. Acho que é mais ou menos isso. E acabei fazendo uma amizade muito bacana com a Clarissa, do Rio. Não me espalhei muito porque, na época, eu estava compromissada.

Cada albergue tem suas peculiaridades. Segue algumas fotos que tirei dos que conheci e as observações e curiosidades. Acho que vale a pena experimentar.

2 comentários:

Paula disse...

Sou como você, furdunço da porta do quarto pra rua. Não sei se teria coragem, honestamente...

Paula disse...

Ah, querendo vir para BH, tamos aê! E tem cama no quarto de hóspedes!

beijão