Primeiras horas em Noronha. Descemos a escada para a Praia do Cachorro e enquanto Carlos ia para a água, eu fiquei sentadinha esperando o bunito voltar. Eis que, de repente, eu a vi. Um lagartinho preto, brilhoso, saindo do meio do mato e olhando pra mim. Pensei “deve ser um parente próspero dos calangos”. E dei uma batida de pé pra afugentar. Pensa que ele saiu? Pois ficou lá, de cara pra cima, olhando pra mim. Joguei uma pedra nele, ops, quer dizer, estava segurando uma pedrinha, que caiu e, por acaso, rolou na direção dele. Nada. Nem se abalou. Eu olhava pra ele, ele me encarava de volta. E chegou mais um. E mais outro. E outro. Me lembrei do Parque dos Dinossauros, quando o gordo é atacado por Dinossaurinhos, e subi correndo os degraus gritando a Carlos que estava indo embora.
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