Segunda: Bloco Coruja


Hoje foi o dia de dançar ao som da Ivete Sangalo. Só tinha conferido o potencial da baiana uma única vez, no show do reveillon. Achei legal, mas em cima do trio, tudo fica melhor. Ivete, com aquelas pernas “finas” de fora, estava linda. Apesar de falar muito durante a apresentação, ela arrasou. O bloco estava bem cheio e lotado de gente bonita. A faixa etária era de 22 a 30 anos. Claro que tinha um monte de balzaquianos maravilhosos, mas nada que chegasse perto do Camaleão. A surpresa do dia foi a quantidade de casal gay. Acho que a ala GLS ficara atrás do caminhão, lugar onde costumo ficar.
Ao contrário do Barra-Ondina, o percurso do Campo Grande é maior e pelo horário de saída ser 14h, foi bem mais puxado também. O sol estava lá no alto, deixando o dia muito quente, com o relógio marcando 32º graus, mas ali no asfalto, entre os prédios, no meio daquela multidão, a temperatura chegava fácil aos 34º. Para me refrescar, tirava o abadá, encharcava de água mineral fria e vestia de novo. Isso ajudou muito. Tudo correu bem até pouco mais da metade do caminho, a partir daí, a largura da pista cai pela metade e começa o empurra-empurra. Determinado momento, saímos da corda e demos um tempo em frente a uns policiais militares. Foi um alívio, porque perto dos “homi”, ninguém chega. Avistar a descida para a Castro Alves foi um tremendo choque. Lá embaixo, um mar de gente aguardava o 1º bloco do dia. Na verdade não era um mar de gente. Era um Pacífico inteiro. Eu nunca tinha visto tal multidão. E você caminhar em direção a ela, sabendo que vai ter que passar entre aquelas pessoas, aumentou ainda mais a minha adrenalina. A esta hora, já estava sem meus óculos e essa visão inesquecível foi a última registrada pela máquina descartável.

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