Reveillon
Se eu não voltar a escrever até domingo, já deixo aqui o meu Feliz Ano Novo a vocês. Que tudo se realize... no ano que vai nascer... muito dinheiro no bolso... saúde pra dar e vender! :o)
Natal
Meu avô não gostava de sair de casa, mas amava reunir a família. Sempre pedia a vovó para comprar mimos para todos. Armávamos uma grande árvore e era uma farra procurar nossos nomes nos embrulhos. Eu acreditei em Papai Noel de verdade até os 7 anos. E por conveniência até os 10. Depois não funcionou mais. Mas o clima de fantasia era muito bom e hoje em dia acho o máximo ver o brilho nos pequeninos esperando a chegada do Bom Velhinho. Amo ver a cidade toda iluminada. Quer dizer, as cidades que vejo pela TV, porque a decoração da minha não inspira ninguém. Um dia ainda passo as festas de final de ano em NY. Tenho certeza de que aquele monte de luzes coloridas vai acender o meu lado garota e vou pendurar uma meia na lareira. Quem sabe, né?
(na verdade tinha um monte de outras coisas pra escrever, mas ando sem tempo).
Conversa no ônibus
Senhora: Aonde já se viu? Um apartamento de 5 milhões.
Motô: É um triplex. São 3 andares, tudo com muita segurança, mas é muito dinheiro.
Senhora: Eu nem sei quantos zeros tem isso.
Motô: Nem se eu tivesse esse dinheirão todo, eu gastava assim. É um absurdo.
Senhora: E você pensa que esse povo é feliz? Duvido.
Motô: Também acho. Aposto que vivem infelizes. Não podem andar sem segurança. É tudo fechado.
Senhora: Também acho que Silvio Santos não é feliz.
Motô: O Gugu também não deve ser feliz ganhando tanto. Nem pode sair pra rua.
Senhora: Aposto que nós somos muito mais felizes do que eles. Eles nem devem conhecer os vizinhos.
Motô: Pois é. Minha mulher vive trocando receitas com as vizinhas. Emprestam açúcar quando necessário.
Senhora: Eu também vivo pegando coisas com a Dona Fulana do andar de cima. E ela nunca me negou.
Motô: E os ricos vivem seqüestrados também.
Senhora: É mesmo, né? É um tal de seqüestrar gente rica.
Motô: Eu acho que ser rico só tem desvantagem.
Aí chegou meu ponto e eu desci. Eu gosto de gente otimista, que só vê o lado bom das coisas.
Vídeo de estudante vira comercial
Nick Haley criou um comercial caseiro para o iPod Touch, da Apple usando a música “Music is My Hot, Hot Sex, da banda brasileira Cansei de ser Sexy. Nick disse que se inspirou em um verso que diz “my musics is where i’d you to touch”. O vídeo foi colocado no youtube e teve milhares de acesso e comentários entusiasmados. Da internet para a TV foi um click e Nick foi convidado a trabalhar no projeto junto com os criativos da TBWA/Chiat/Day e o novo filminho estreou nos EUA, Europa e Japão. Nick foi pago como um profissional de publicidade, mas ninguém revelou o valor. A Apple também vai financiar seus estudos na universidade de Leeds, na Inglaterra.
Vamos quebrar tudo!

Como ficar bêbada com poucos ml de álcool
Fui visitar uma amiga na casa de praia da família e ela me contou que no dia anterior, ao dar um mergulho, tinha entrado água em seu ouvido. Como tem o tímpano perfurado, acaba tendo dores de cabeça quando isso acontece. Aí, usou uma técnica milenar da família Baiocco, que eu acho estranhíssima. Ela colocou álcool na tampa da vasilha e jogou no ouvido. A mãe diz que a água evapora mais rápido. Depois de algum tempo, ela começou a se sentir mal. Ficou tonta, lerda, falando enrolado, como se estivesse de porre. O primeiro pensamento “a pressão despencou”. Chamaram o cunhado, que é médico. Depois de saber da história, ele deu o parecer:
- Sabrina, você está bêbada!
- Heinnn?
A explicação foi a seguinte: quando a gente bebe, o álcool vai pra corrente sanguínea e só depois chega, diluído, ao labirinto, que fica no ouvido. Como ela tem o tímpano perfurado, o álcool foi direto pra lá, sem escalas. E ela ficou muitcho loca.
Eu achei uma alternativa interessante para quem tem um rombo no tímpano, vontade de ficar alegrinho, mas está sem grana no bolso.
RE.VERB – O show


Guitarra: Tony e Patrick
Baixo: Sergio
Bateria: Tito
Convidado (vocal): Max
...e a verdade vos libertará.
Burning Man


O quê: Evento indefinível (veja box anexo). Acontece anualmente, desde 1986, e dura uma semana, culminando na queima do "homem", uma estátua de madeira de 15 metros de altura.
Onde: Deserto de Black Rock, Nevada, Estados Unidos.
Quando: Entre fins de agosto e começo de setembro.
Porquê: As histórias divergem quanto ao motivo da queima do homem. Seu idealizador e coordenador se chama Larry Harvey.
Quanto: O ingresso varia de 65 a 140 dólares, dependendo da antecedência com que é adquirido.
Como: É preciso levar todos os itens necessários para sua sobrevivência pessoal no meio do deserto. O cupom de entrada diz em letras bem grandes: "Você está assumindo voluntariamente o risco de morte ou danos graves ao comparecer a este evento." Ao partir, é preciso levar absolutamente tudo embora, deixando o local no mesmo estado em que foi encontrado.
Quem: Mais de 20 mil pessoas participaram do Burning Man este ano. http://www.burningman.com/
Nossa correspondente especial, Lenara Verle, conta como foi sua primeira e inesquecível experiência no Burning Man:
De Portland, Oregon, até Black Rock City, Nevada, são nove horas de viagem, ou doze se você estiver dirigindo uma kombi de acampar ano 69. Adicione a isso mais umas doze horas se a kombi quebrar no meio do caminho, como foi o nosso caso. Mas cada uma das horas vale totalmente a pena. Durante o passeio a paisagem vai se transformando de uma floresta de coníferas a uma savana com arbustos aqui e acolá. Passamos por cidades cada vez menores e estradas cada vez mais estreitas, culminando em estrada nenhuma. Black Rock City é na verdade um pedaço de deserto no meio do nada, sem água, eletricidade, e quase nenhuma forma de vida durante 358 dias do ano. O chão não deixa nada a dever ao triângulo das secas, e é carinhosamente chamado de "playa" pelos participantes do evento. Sobre ele é erguida a estrutura de uma verdadeira cidade, com a quinta maior população do estado de Nevada durante os 7 dias de duração do Burning Man - um gigantesco acampamento em forma de lua crescente, com ruas e praças, e a imensa estátua de madeira e neon do "homem" ocupando o espaço central. Após passar o portão de entrada e receber meu "guia de sobrevivência no deserto", segui para o endereço onde meus amigos estariam acampados – 2:15, logo depois de Júpiter. Antes de perguntar "que raio de endereço é esse?", é preciso levar em conta que um dos objetivos do Burning Man é o de quebrar convenções: assim, as ruas radiais a partir do centro são numeradas como horas em um relógio, e os círculos que se espalham levam o nome dos planetas do sistema solar. Logo após a desorientação espacial inicial pensei: como faço agora para marcar o tempo, se as horas já estão sendo usadas para fins de localização? A resposta, óbvia após o primeiro dia é: quem precisa de relógio afinal de contas? Subitamente, um mundo novo se descortina, e coisas imprescindíveis como dinheiro, carro, roupas e banho diário tornam-se totalmente supérfluas. Em compensação, damos mais valor às coisas realmente importantes como água, protetor solar, bastões fluorescentes e um bom papo com pessoas que nunca vimos antes.
O ponto central do festival é a diversidade. É praticamente impossível encontrar uma definição para o evento. Um participante orgulhoso pode chamá-lo de "comunidade experimental temporária", e um repórter deslumbrado de "campo de nudismo misturado com circo de aberrações povoado por malucos e ravers". Cada um tem uma visão diferente, e você pode inventar a sua própria, usando o box abaixo ou a imaginação.No Burning Man encontram-se mais coisas exóticas e diferentes por centímetro quadrado do que o cérebro humano pode absorver. O resultado é uma overdose dos sentidos, agravada pelas poucas horas de sono que fatalmente se seguem. Como dormir com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo? Cada um dos milhares de acampamentos temáticos merece uma visita de pelo menos um dia. Em um lugar você pode escrever seu pedido ao deus do fogo, em outro fotografar a sua vagina para a posteridade, ou controlar luzes piscantes em um arco na areia, passear de camelo, mandar mensagens para o espaço, dançar até amanhecer, andar de avião pelado, ser psicanalisado, entrar em um concurso de fantasias, dar e/ou receber massagens, tomar sorvete, levar choques elétricos, participar das mais variadas seitas, práticas alternativas, aulas, rituais e festas. Tudo isso sem nenhum tipo de transação monetária. A doação e o escambo imperam na playa, um oásis no meio do país mais consumista do planeta.Após o deslumbramento e ansiedade, vem a vontade de ser um verdadeiro "participante" do evento, e não um mero espectador. De sair em busca de novos amigos e de um lugar aconchegante no meio do sol escaldante e das tempestades de areia ocasionais. Convenientemente, bem no finzinho do lado "quieto" da cidade (menos barulhento seria uma descrição mais apropriada) se esconde a Bianca’s Smut Shack. Uma grande tenda coberta por lençóis coloridos, com dezenas de sofás macios e almofadas, uma pista de dança com DJs se revezando durante as 24 horas do dia e garçons voluntários oferecendo sanduíches de queijo grelhado recém-feitos acompanhados da frase "Bianca te ama".Bianca’s é o que pode se chamar de "lar" no meio do deserto. Seus organizadores, auto-intitulados "trolls", levantam fundos o ano inteiro para poder doar comida, bebida, divertimento e abrigo aos participantes do Burning Man durante uma intensa semana. O clima de doação é tão contagiante que quando vi estava pilotando o fogão no turno da madrugada até o sol nascer, e servindo drinques para os freqüentadores da maneira mais original possível: esguichando suas goelas com uma imensa pistola de água. Ninguém parecia se abalar, e porquê deveriam? A maioria deles vestia máscaras esdrúxulas, ou apenas uma camada de tinta brilhante e nada mais. No Burning Man, o surreal é a norma, não a exceção. Difícil mesmo é se readaptar ao mundo "normal" depois que tudo acaba. Muitos relatam terem suas vidas mudadas por "insights" súbitos no meio da playa deserta. Outros verificam uma felicidade generalizada por meses. Quase todos voltam nos anos seguintes, com mais idéias mirabolantes para acampamentos temáticos e instalações artísticas. Para eles, o Burning Man é sempre uma experiência nova e inesquecível.
O dia-a-dia no deserto
No Burning Man tambem há espaço para aquelas coisas tão triviais do nosso cotidiano:
Este site também é muito legal: http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=119
Disparidades da nossa justiça – 05/12/2007

LINHARES: 35 pais são presos por não pagar pensão.
Vários pais foram presos em Linhares por não pagar a pensão alimenticia dos filhos. Os pais foram levados para a delegacia da cidade que está superlotada. A polícia está atrás de outros 28. A decisão é da justiça.
BRASÍLIA: Conselho de Ética arquiva duas denúncias contra Renan Calheiros.
O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha, determinou hoje o arquivamento da 4ª e da 5ª representações contra o senador Renan Calheiros, que renunciou ontem à Presidência da Casa.
* Alguém poderia ensinar Braile pra justiça, pelo amor de Deus?
Idade
TUNAI - FRISSON (DUO)
Eu adoro essa música. Achei umas versões mais incrementadas, mas acho que em alguns casos a simplicidade tem muito mais a dizer.
Não é uma delícia estar numa fase romântica? :o)
Chuva

Até uma tempestade que deixava a rua no escuro virava uma festa, quando não ia passar um programa bacana na TV, claro. Era só começar a sucessão de raios e trovões para separar algumas velas e esperar a luz ir embora. A partir daí, entrava em cena a imaginação que transformava as mãos em pássaros, coelhinhos, aranhas, cachorros e outros seres que, graças a Deus, não existem.
A chuva só não era bem-vinda quando ameaçava estragar passeios ao Parque Moscoso ou algum piquenique. Mas isso era fácil de resolver. As crianças envolvidas tinham a missão de desenhar um sol na calçada para o astro rei mandar as nuvens pro espaço. Se o passeio fosse no final de semana e o tempo estava cinzento, a gente desenhava todos os dias, por precaução. Havia também uma coisinha que eu amava fazer na chuva, e já não era mais criança: beijar. Nossa, beijar na chuva é TUDO. Acho que a saliva misturada com a chuva torna os movimentos da boca e língua mais sensuais, sei lá. Só beijando pra sentir. Mas preste atenção: tem que ser na chuva. Água do chuveiro não vale. Acaba de me ocorrer uma idéia. Se o beijo é bom, imagino então como seria um vucu-vucu enquanto São Pedro lava a casa. Ui! Aí, a gente cresce, fica mais racional, ponderado e chato. Diz que uma chuvinha é boa pra abaixar a poeira e, ao mesmo tempo, reza pra não inundar a cidade. Compra uma sombrinha pequena pra levar sempre dentro da bolsa, mesmo com um céu azul, pra não correr o risco de estragar o cabelo ou pegar um resfriado. Pelo menos o gosto pelo beijo encharcado eu ainda não perdi.
Engenheiros do Hawaii - Refrão de Bolero
Para escutar ao pé do ouvido... :o)
Eu que falei:
"Nem pensar"
Agora eu me arrependo
Roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão...
Mas eu falei sem pensar
Coração na mão
Como refrão de bolero
Eu fui sincero
Como não se pode ser...
Um erro assim, tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E quando acaba a bebedeira
Ele consegue nos achar...
Num bar!
Com um vinho barato
Um cigarro no cinzeiro
E uma cara embriagada
No espelho do banheiro...
Anna, teus lábios são
Labirintos, Anna!
Que atraem os meus
Instintos mais sacanas
O teu olhar sempre distante
Sempre me engana
Eu que falei:
"Nem pensar"
Agora me arrependo
Roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão...
Mas eu falei sem pensar
Coração na mão
Como refrão de bolero
Eu fui sincero como não se pode ser...
Um erro assim, tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E quando acaba a bebedeira
Ele consegue nos achar...
Num bar!
Anna, teus lábios são
Labirintos, Anna!
Eu sigo tua pista
Todo dia da semana
Eu entro sempre
Na tua dança de cigana...
Anna!
Teus lábios são labirintos
Anna!
Que atraem os meus
Instintos mais sacanas
E teu olhar sempre distante
Sempre me engana
Eu sigo tua pista
Todo dia da semana...
Todo dia, todo dia ... da semana
Eu sigo tua pista
Todo dia da semana
Anna!
Gêmeas
Retalhos do show




Chegamos cedo, conseguimos umas cadeiras estratégicas em frente ao palco, pegamos uns brindes, tomamos o sorvete que a Fábrica distribuiu para todo mundo. Roberto Carlos estava atrasado, mas nos divertimos com as companheiras da frente e a alegria da arquibancada que não cabia mais ninguém, de tão lotada. Em um momento, a geral começou a gritar: “cadeira, cadeira”. Era para uma senhora bem idosa, praticamente avó da Dercy Gonçalves. A produção agiu rápido e colocou a tiete na área VIP. Ela já foi vizinha do cantor, em Cachoeiro. Legal!
Pouco depois, o Rei deu o ar da graça. Agradeceu à Garoto, disse que era ótimo voltar pra casa e cantou “Quando eu estou aqui”. Depois, veio a minha música preferida: “Como é grande o meu amor por você”. Ele estava perfeito, brincou dizendo que a terapia estava dando certo e voltou a cantar “Negro Gato” e outras que tinha cortado do repertório. Um determinado momento, ele tocou piano e dedicou uma música a Maria Rita. Eu torci o nariz e comentei com mamãe que achava isso meio chato... até ele começar a cantar... a letra era linda e calou a minha boca. 2 horas depois, ele se despedia cantando a oração “Jesus Cristo” com muitas vozes já saudosas.

Banda Re.verb

Repertório:
YOU (Radiohead) * PAIN LIES RIVERSIDE (Live) * ALL ALONG WATCH… (U2) * LIKE A STONE (Audioslave) * CREEP (Radiohead) * STAY (U2) * FAKE PLASTIC TREES (Radiohead) * BETTER MAN (Pearl Jam) * PLUSH (Stone Temple Pilots) * ENTER SANDMAN (Metalica) * EXIT (U2) * MACHINEHEAD (Bush) * MEGALOMANIAC (Incubus)
Ps. Estou tentando convencê-los a incluir Cherish, da Madonna. Não estou obtendo sucesso. Nem alegando que o Renato Russo já gravou também. Agora deixo esse pedido público.
Niver de Elane - Frase da festa

Piadinha pra começar a semana

- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?
Respondeu o diretor:
- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher , um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.
- Entendi - disse o visitante. - uma pessoa normal usaria o balde , que é maior que o copo e a colher.
- Não - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria ?"
Isso não é do meu tempo


Troco um gato por uma vaca

Este feriado deixou de ser Vital

Algum capixaba reparou como o dia está lindo? Céu aberto, azul, ventinho gostoso, sem cara que vai chover? É CLARO que está assim. Afinal, este ano não vamos ter o Vital na cidade. Para quem não sabe, Vital é nosso carnaval fora de época que atrai turistas de todo o país. E quase todo ano chove. Parece até finados. Em 2006, a essa hora, eu tava na agência fungando horrores por conta de um resfriado feio e também muito agitada, cantarolando as músicas do Chiclete com Banana. Minha tia sempre vinha pra cortar meus abadás. Eu, Elane e Gabriela, minha companheira inseparável de micareta, estávamos arrumando garrafinhas pra levar o Jonninho. E tinha mais: reza. Muitas orações para que parasse de chover. Chovia horrores. Pensei até que Noé fosse oferecer a barca pro Bel se apresentar. Pior que o novo lugar da festa era uma porcaria. Além de menor, era fechado, acumulava água em diversos pontos, tinha lama na entrada e tinha ainda minha gripe. Quando chegamos, eu não parava de espirrar e tossir. A garganta pulsava mais do que as saídas de som do trio elétrico. O vento era cortante, fazia um frio do cão e meu corpo só começou a parar de tremer depois de umas 3 músicas e muito Jonninho deslizando garganta abaixo. Mas mesmo com tantas chateações, nos divertimos muito. Muito mesmo. E pasme: no sábado, quando consegui levantar da cama, a gripe tinha ido embora! Sim, sim. Eu tava curada. Acho que o vírus passou tanto perrengue comigo, que resolveu partir de mala, cuia e cavaquinho. À noite foi a mesma coisa. No domingo o tempo melhorou um pouco e eu e Gabi confessamos: “é... ano que vem, a gente volta”. Mas não voltamos porque o Vital acabou. Na verdade, o Vital a que estávamos acostumadas e que pulava há uns 10 anos, já vinha definhado. O Vital perto do mar, com muita pista pela frente. O Vital sem confusões, com segurança para quem estava dentro e fora dos blocos. O Vital com infra-estrutura, coisa que os organizadores deixaram de lado há muito tempo. E assim, o Vital foi minguando... minguando... e foi riscado do calendário de festas do ES. E São Pedro este ano resolveu não lavar a casa. O dia tá lindo de viver. E eu podia estar cortando meus abadás, cantarolando “Diga que valeu” e me preparando para outro Vital Gloss. Saco.
Muitas emoções no salão
Quem DANÇA seus males espanta
Hoje quero ouvir de tudo. Tudo o que faça meu corpo mexer, vibrar, falar, mesmo que involuntariamente. E ele quer discorrer numa linguagem universal, intergaláctica.
Varejo 1 x 0 Anna
Barraco no salão
Atendente (felizinha): Olá... você quer que eu guarde a sua bolsa?
Eu (séria): Não, obrigada. Você pode ver pra mim que horas o Luís vai me atender? Eu tô marcada pras 12:30 e (apertei os olhinhos, ameaçadoramente) tô com pressa.
Ela saiu e voltou (sem-graça): Olha... o Luís vai atrasar um pouquinho...
Eu (irritada): Pouquinho quanto?
Ela (sem-graça): Meia hora.
Eu (irritada): Meia-hora a partir de agora ou do meu horário?
Ela (murchando): Uma hora...
Eu (atacada): Eu quero falar com ele – e já fui entrando onde ele atende. Tinham 4 clientes lá. Ele me olhou surpreso.
Eu (falsa): Oooooi, Luis. Tudo bem?
Ele (mostrando todos os dentes): Oi linda.
Eu (calma): Por que você só vai me atender Uma da tarde?
Ele (tranqüilo): Ah... eu me atrasei um pouquinho hoje...
Eu (irritada): Hoje só não, né, Luís.
A mulherada parou de fofocar e todas me encararam pelo espelho.
Eu (irritada): Você sempre me deixa esperando. Eu já deixei de almoçar 2 vezes por conta dos seus atrasos.
Ele (tenso): Ahhh... que isso... desculpa... vou tentar adiantar aqui. Por que você não desce, almoça e volta uma hora?
Eu (indignada): Porque se eu quisesse cortar meu cabelo uma hora, teria marcado pra uma hora e não pras 12:30.
Ele (nervoso): Calma...
Eu (puta): Calma não, porque eu tenho certeza que você tem noção de quanto tempo demora cada procedimento. É muita falta de consideração com suas clientes.
Ele (mais nervoso): Tá bem... mas isso nunca mais se repetir.
Eu (lavando a alma): Nunca mais mesmo, sabe por que? Porque eu nunca mais volto aqui. Você acabou de perder uma cliente.
Virei as costas e fui embora, jogando meus cabelos piaçava pra trás.
Nem preciso dizer que fui bufando, né? Indignada com tamanho descaso. Aí, quando cheguei no carro, tive um pensamento apavorante: “Ai meu Deus!!! Aonde vou cortar meu cabelo agora???”.
***
No sábado fui a um salão novo, beeeeeeeeem longe da minha casa. Fiz uns trecos lá pra dar brilho e cortei. Se ficou bom? Não sei, porque só posso lavar os cabelos amanhã. E a gente só sabe se ficou legal depois de lavar em casa. Muito medo!
O espirro e o orgasmo são parecidos?
Surfe em ondas gingantes. Não tô falando de marolas metidas a bestas, tô falando é daquelas ondas que você nem teria coragem de molhar o mindinho, com a perna esticada. Pra mim, é o esporte que divide os homens dos machos. É a força da natureza em estado bruto, porém domável, mas não pra qualquer um. Porque não basta ser talentoso pra encarar os picos do Havaí, né? Nem ser valente. Nem louco. Nem audacioso. Nenhuma palavrinha bonitinha assim. O cara tem que ser é MACHO pra chuchu.
Vingança
Pessoas descartáveis
Atendimento sofre
“Seu bichinho te reconhece até pelo faro. Mas já viu como ele gosta de olhar pra você?”. Tinha um pequeno texto falando sobre a importância de procurar um especialista pro melhor amigo e como a clínica era bem preparada. Pra completar, conseguimos uma foto GRÁTIS de um cão muito fofo olhando com atenção pra câmera.
Parecia que tudo ia bem até a Fernanda aparecer na criação. A cliente estava na sala dela querendo mudar tudo. Fui tentar salvar a peça. Cheguei dando um beijo na bochecha da moça, contando do meu gato, o Kiko, da vez que ele quase ficou cego, em como cogitei a trocar o nome pra Ray Charles e só não tinha aparecido na Clínica, porque eu nem sabia que tinha oftalmologista pra gato. Depois de bater um papinho, fomos discutir o anúncio. Resumindo. A mulher queria tirar o textinho que valorizava o serviço e colocar: Amor – Carinho – Dedicação. Eu expliquei o motivo de tudo ali. E a mulher insistindo.
Eu (calma): Olha, Dra. Fulana, eu tenho certeza que essa é a melhor comunicação pra sua Clínica. Mas se você quer tirar tudo e colocar essas 3 palavrinhas, por mim, tudo bem. A Clínica é sua.
Dra. Fulana (insegura): É... você tem certeza, né?
Eu: Sim. Eu tenho.
Fernanda estava muda e vermelha.
Dra. Fulana: Então, tá. Vamos deixar assim. Mas... e o título?
Até então, ela tinha AMADO o título.
Eu (surpresa): O que tem o título?
Dra. Fulana (persistente): Não sei... eu acho que podemos trocar a palavra viu por percebeu.
Eu (surpresa): Mas por que? Fica mais coloquial e faz referência a ver, visão, olho, sua especialidade. – e pensei: se trocar a palavra vai ter que mexer no layout!!!
Dra. Fulana: humm...
Eu: Mas por que você quer mudar?
Dra. Fulana (desorientada): Ahhh... hoje em dia, né? Esse negócio de policamente correto tá na moda...
Eu com cara de interrogação.
Dra. Fulana: ... então, esse negócio de viu, ver... e quem for cego?
Eu, totalmente incrédula soltei: bem... se a pessoa for cega, não vai ler jornal. (dannn)
Ela engasgou, Fernanda quase caiu da cadeira e eu lá, passada com a preocupação da mulher. No fim das contas saiu do jeito que estava. Ela teve um monte de ligação, ganhou uma entrevista sobre a tal especialidade no jornal e ficou feliz da vida. E eu, mais contente ainda por só encarar uma criatura assim, muito de vez em quando.
Um mês depois...

Fiz a primeira revisão com o Dr. Lindão na quinta-feira, 28 dias depois que operei. Muitas coisas mudaram, graças a Deus:
- Meus seios já estão desinchados e estão com um bom aspecto. Bom, nada. Estão é LINDOS!!!
- Não uso mais curativos desde do dia 23. As casquinhas soltaram e a cicatriz está fininha, fininha.
- Continuo sem comer coisas como chocolate e frutos do mar. Melhor prevenir, né?
- Este finde consegui dormir de bruços! Não o tempo todo, mas depois de 30 dias, foi como encontrar o Gianecchinni no lugar dos travesseiros.
- Agora passo uma pomada pra dissolver a cicatriz;
- Tô fazendo umas massagens pra “soltar” os peitos. É que eles parecem presos por conta do silicone. O Dr. Lindão disse que o corpo reveste a prótese por ser algo “estranho” e isso pode tornar o peito duro. Algumas vezes, a paciente tem que voltar à sala de cirurgia pra ele quebrar na marra. Deus me livre! Faço direitinho, do jeito que ele ensinou.
- Não sinto mais um peso danado quando levanto.
- Acho que é só.
***
Eu mostro mesmo
Várias pessoas me perguntaram se eu continuo olhando muito pra eles quando estou no espelho. É CLARO QUE SIM! Não tiro os olhos por um minuto sequer. E mais: antes de eu operar vi vários pares de turbinados e pensava se também agiria assim. Se eu mostro? É CLARO QUE SIM! Inclusive pela webcam pras amigAs que moram longe. Gente, eu sofri muito pra não compartilhar o resultado tudo de ótimo. Basta pronunciar a palavra silicone que já estou arrancando a blusa. Tava pensando sobre isso. É um comportamento tão inevitável entre as siliconadas, que deve ser transmitido na sala de cirurgia. Faça o teste. Não comigo, claro. Eu já me entreguei.
Prova de Amor

Imagina só! Um homem construir tal maravilha pra você?
Eu: Não se fazem mais homens com antigamente.
Péricles: É porque não existem mais mulheres como antigamente.
Fiquei pensativa por alguns instantes.
Malditos vizinhos
Pastores comparam gays a pedófilos

Essa tentativa de igualar grupos tão distintos tem uma origem: o desespero em vetar um projeto de lei que pune quem discriminar a orientação sexual do outro. Os pastores que tiveram a ousadia de falar tamanha aberração estão agora em Brasília. Com esse argumento, eles nem deveriam ser ouvidos. Eu acho que eles tinham que passar um tempo vendo o sol nascer quadrado pelo desplante de denegrir um grupo que já deveria ter seus direitos assegurados há muito tempo. Afinal, se o dinheiro deles é limpo pra pagar impostos e movimentar o mercado de trabalho, porque não podem ser respeitados como cidadãos? Ter direito ao casamento, à herança do parceiro, à dignidade?
Os pastores e padres têm a cara de pau de dizer que fazem isso para defender a família, pra não deixar que as crianças cresçam achando que o homossexualismo é normal. Ou melhor, aceitável. Eu nunca vi esses grupos reunindo forças pra combater o crime, a violência e a corrupção, que é a maior doença do Brasil. Porque eles não foram a Brasília gritar quando livraram a cara do Renan? Aquilo sim, foi um péssimo exemplo para os nossos pequeninos. Eles vivem nos carcando de verdade e não temos como nos defender. Deixem a bandeira arco-íris em paz. No final, você vai acabar achando um pote de ouro.
Lugar de bicho não é no Circo
Quando eu era pequena, adorava ir ao circo com meu avô. E quanto mais bicho atuando, mais eu gostava. Eu sempre adorei animais. Por causa disso que AGORA, toda vez que vejo algo de extraordinário envolvendo um elefante, leão, macaco, entre outros, eu só penso em como eles devem ter sofrido pra aprender a fazer aquilo. Malditos donos de circo.
Ps. Alguns animais maltratados e a 1ª vez que o leão teve contato com a terra.
Lulu Santos

Logo achamos um lugar legal, mas tivemos que sair porque tinha um bando de maconheiro chato empurrando todo mundo. Alguns grãos de areia depois e tivemos ótima visão do palco. O show atrasou uma hora, mas valeu a pena esperar. Quando a luz focalizou o centro do palco, um Lulu sentado lendo o jornal e todo performatico apareceu cantando:
"Hi! Deixa que digam
Que pensem, que falem
Deixa isso prá lá
Vem prá cá
O que é que tem?
E eu não tô fazendo nada
Nem você também
Faz mal bater um papo
Assim gostoso, com alguém?
Eu disse deixeeeeeeeeee..."
Fomos ao delírio. Todo mundo cantando, dançando, vibrando, pulando. Uma sucessão de sucessos antigos e novos esquentou a praia como um sol de 40º. Quando pensava que ele já tinha cantando todas as músicas, vinha outra e me arrebatava de novo, me fazia relembrar algum momento da vida. Eu gritava as letras, com os olhos fechados e os braços pra cima, na maior curtição. O ponto alto foi quando Lulu cantou “Como uma onda”. Quero dizer, quando ele não cantou. Quando ele virou platéia e a platéia virou astro. Cantamos por vários minutos:
“Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo
Agora!
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro
Sempre!...
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar...”
1:50 minutos depois do início, a multidão se dispersou. A noite estava linda e eu, abraçada às minhas duas grandes amigas, feliz da vida por ter ido ver aquele certo alguém.
Jogo do Brasil e Suzana Werner


- A melhor coisa que a Suzana fez foi ter casado com esse pão. Aquele Ronaldinho é muito feio.
- Mãe! Eu tava pensando a mesma coisa! Feio e galinha. Eita homem bonito, esse goleiro – disse minha mãe.
- E ele parece ser um menino bom – valorizou, vovó.
Eu dei uma gargalhada e sentei. As duas não paravam de falar e o tricô foi muito além disso, depois que eu entrei na conversa. Só paramos depois de uns minutos de jogo, quando começamos a torcer histéricamente e mudamos o foco dos xingamentos.
Mas só ontem, lendo o Garota Carioca, que me dei conta de que esse foi um pensamento compartilhado pela mulherada. Eu me reconheci no texto da Daniela logo nas primeiras linhas. Depois disso, fiz uma enquete com várias amigas e todas lembraram da Loira. À noite, quando o JN passava imagens da festa que teve depois da vitória, vovó perguntou.
- Pôxa, cadê a Suzana? Bem fez ela que não casou com o aquele outro lá.
Ursinha Panda

Alma Gêmea?

20 dias depois...

- Meus seios já desincharam muito, mas só vão ficar legais mesmo daqui 1 mês;
- Já consigo dormir de lado, mas tenho que usar 3 travesseiros;
- Já consigo levantar os braços, mas não me atrevo a me esticar toda;
- Semana passada saí sem sutiã, mas depois de um tempo minha cicatriz começou a queimar e eles, a pesar;
- As casquinhas da cicatriz estão saindo! E ela tá linda, fininha e quase invisível, graças a DEUS!
- Vou começar a dirigir amanhã, mas não vou fazer baliza e outras manobras (mas é só porque eu não quero);
- Os mamilos estão menos doloridos. Eles doem muito depois de uns 7 dias;
- Só sinto alguma coisa se movendo dentro de mim quando faço movimentos rápidos, e só do lado direito.
- Os dias não estão mais se arrastando;
Women In Art
“A arte não foi feita pra inteligência e sim para a sensibilidade.”
Essa frase não é minha, mas pude conferir sua veracidade com este vídeo. Duas pessoas totalmente diferentes o viram. Uma é absurdamente instruída, viajada e tal. A outra, simples e sem instrução. Essa segunda amou. A primeira, não achou muita graça. É... tem coisas que a gente tem que ver pra crer.
Horário de Verão
***
Engraçado é que os assuntos me fizeram lembrar um filme do Wood Allen. A personagem dele adora citar piadas. Diz que elas contêm verdades que ninguém consegue perceber. A que mais me “falou” foi essa:
Um homem foi ao médico e disse:
- Doutor, toda vez que eu faço assim, minha mão dói muito – fazendo movimentos absurdos e desnecessários com a mão, o pulso e os dedos.
- Então... por que você faz? - respondeu com uma pergunta, calmamente.
Visitas

- Ah... deixa, vai.
- Não!
- Eu te dou um sutiã.
- Você acha que vai me comprar com um sutiã???
- Tá bem, tá bem. Eu levo também uma calcinha.
- Você vem quando?
Ela veio e arrasou no presente. Quer dizer, EU arrasei no presente. heeheh
Valeu, Ka, o 1º sutiã a gente nunca esquece!!!
A quoi ça sert l'amour ?
Um delicioso filminho animado francês sobre o encontro, a separação, as outras tentativas e o reencontro de um casal parisiense. Fundo musical de Edith Piaf e Theo Sarapo. A vida não poderia imitar a arte num caso assim?
Tangas Frouxas x DBF


Fundação Tangas Frouxas: são aqueles mandados pelas mulheres, comprovadamente.
Origem do nome: é quando o cara arrega tanto pra mulher, que chega a afinar e mal cabe dentro da cueca.
Fundação do Pássaro Morto: são aqueles que mandam nas mulheres, teoricamente.
Origem do nome: sabe aquelas histórias da máfia, onde os marcados pra morrer recebem um pássaro morto?
Ps. Atenção à autorização pra sair de casa dos TF.
Vida AC - DC
Dia D – 27/09 (5ª feira)
Antes: o Dr. Lindão fez vários rabiscos em mim. Eram estranhos e, como os médicos têm a letra horrível, achei até que poderia ser alguma anotação, sei lá. Entramos também no consenso de que ele não colocaria os 2 Everestes que ele queria. Escolhemos uma prótese de 250 ml.
Depois: DÓI PRA CARALEO!!! Ignorei os avisos da Érika – amiga aqui da agência e dona de um belo par - , mas dói mesmo!!! Mas o pior foi na hora de fazer xixi. Quando mamãe começou a levantar a cama, as dores me levaram às alturas. Não sabia o que era pior: a sensação de alguma coisa dentro de mim, o corte, a pele esticadérrima ou a falta de ar. Não conseguia respirar.
Quando cheguei ao banheiro, senti tanta, mas tanta dor, que quase desmaiei. Nessa hora eu me arrependi muito da vaidade.
- O que que eu tinha que ter inventado de mexer nesses peitos???
Depois disso só me atrevi a levantar no outro dia.
NOTA: o povo aqui da agência é DEMAIS!!! O Hospital onde fiquei é aqui atrás e, depois de um tempo, ouvi muitos gritos “ANNA!!!”. Era o povo me gritando e eu morrendo de rir e querendo muito chegar à janela pra dar 1 xauzinho.
2° dia – 28/09 (6ª feira)
Dr. Lindão me deu alta logo cedo e fui, linda, loura e de bracinhos inertes pra casa. A dor não dava trégua e encarei outro problema: deitar e levantar. Era sempre um horror. Além de não poder fazer nenhum dos 2 sozinha pra não forçar os pontos, a cicatriz parecia que ia abrir com os movimentos. E a falta de ar persistia. Eu ficava alguns minutos até respirar normalmente. Acabei dormindo no sofá, recostada numa almofadona e foi tarde porque Gabi passou lá em casa e botamos o papo em dia.
3° dia – 29/09 (sábado)
Novamente, problemas pra levantar. Achei melhor nem tirar um cochilo durante a tarde. E encarei meu 1° banho em casa. Como não podia molhar a cicatriz, só rolava da cintura pra baixo. O resto era com mamãe. Ela ensaboava uma toalhinha, passava em mim, depois passava outra toalhinha molhada pra depois enxugar com uma toalhona. Era um saco e ficava agoniada. Mas aí, via minhas lindas aquisições e tudo valia a pena. Fernando apareceu pra conferir o resultado. Ele gostou e isso é bom, porque tem um ótimo gosto.
4° dia – 30/09 (domingo)
Ainda sinto dor, mas já melhorou muito. Acordei novamente no sofá e precisei de ajuda pra levantar. A pior parte de tudo é isso. A dependência. O médico me mandou ficar sossegadinha, sem levantar os braços, pegar peso, essas coisas. Eu que não ia desobedecer o omi, né? Ainda mais que a cara da minha cicatriz vai depender disso. A grande aventura foi lavar os cabelos, que são compridos. Mamãe passou a manguerinha do chuveiro pela janela, eu quase deitei numa cadeira e ela os lavou no tanque, esfregando como se fosse roupa suja.
5° dia – 01/10 (2ª feira)
Já melhorei bastante e vim trabalhar. Os meninos ficaram agitados, mas não perderam a chance de me sacanear. Por conta dos movimentos comedidos, eles me chamaram de Roy, o dinossauro de braços curtinhos. Já consigo deitar sozinha porque aprendi a me jogar sem sentir que ia me estatelar na almofadona que levei pro quarto. Neste dia, fiquei 10 minutos gritando pra alguém me acudir. É que esqueci de pedir pra alguém tirar os 2 prendendores do cabelos.
7° dia - 03/10 (4ª feira)
O Dr. Lindão me ligou e disse pra eu tirar logo os pontos. Adorei isso. E foi rapidinho. Ele só deu um piquezinho nas pontas e deixou o resto. Ele disse que o tipo de “linha” usada ajuda a selar o corte. E fez a grande pergunta:
- Você anda sentindo falta de ar?
- Agora não muito, mas senti demais no começo.
- É normal, porque o silicone comprime o tórax.
- E você só me avisa disso agora???
Que médico louco! E eu quase pedindo um balão de oxigênio. Depois fiquei pensando... não sei como nenhuma peituda com mais de 400 ml nunca morreu sufocada.
9° dia – 04/10 (6ª feira)
Estou bem melhor, graças a Deus!!! Hoje provei um montão de vestidos de decotes diferentes. É que na semana que vem, vou levá-los pro primeiro passeio noturno. Apesar da dor que senti depois de tanta estripulia “levanta braço, puxa pra passar pelos peitos”, tive a grande certeza: foi uma das melhores compras que já fiz.